Polícia acredita que trio suspeito de matar sargento tentou forjar acidente

29/03/2017 13h03


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarComandante da PM de Altos, capitão José Manoel de Negreiros,(Imagem:Cidadeverde.com)Comandante da PM de Altos, capitão José Manoel de Negreiros,

A Polícia Civil vai investigar se os suspeitos de participação na morte do Sargento Inácio forjaram o acidente para roubar a arma do militar.

De acordo com informações da 3ª Companhia do 8º Batalhão da PM, o revólver calibre 38 da vítima só foi localizado duas horas após o ocorrido e a cerca de 10 metros do local onde ele foi atropelado.

"Após o ocorrido, três viaturas fizeram buscas no local e não encontraram a arma, que estava dentro de uma pochete. Já à noite, uma guarnição voltou lá e encontrou a bolsa com a arma e o celular do sargento. A pochete estava presa ao corpo do militar e não tinha como ter sido lançada tão longe. Acreditamos que alguém tenha ido lá e colocado a bolsa depois de tudo que aconteceu para dar a impressão de que foi um acidente",
disse um militar lotado na mesma companhia que a vítima.

O comandante da PM de Altos, capitão José Manoel de Negreiros, explica que está sendo avaliado se as lesões no corpo da vítima são compatíveis com o acidente ou agressão. Há informações de que após o atropelamento um dos suspeitos ainda passou com o veículo em cima da vítima. A família acredita em latrocínio: roubo seguido de morte.

"Esperamos justiça, estamos chorando e lamentando a perda de um trabalhador e esperamos que amanhã ou depois eles não estejam soltos novamente comentendo mais crimes. Para a família, foi um latrocínio. Tinha tanta gente caminhando lá, porque atropelar logo ele?",
interroga John Wesley, genro da vítima.

Da pochete do militar, foi subtraída apenas a quantia de R$ 300. Bastante abalada, a viúva do PM clama por justiça.

"Era um bom esposo, avô, vizinho e muito preocupado com a saúde. Quando não estava trabalhando, sempre fazia caminhadas. Era uma pessoa saudável. O sentimento é de revolta",
disse Maria Solange Ferreira de Abreu, que aguarda a liberação do corpo juntamente com outros familiares.

O crime

Carlos Alberto Inácio de Abreu foi atropelado por volta das 16h50 de ontem, enquanto fazia cooper entre as cidades de Altos e Coivaras.

Ele chegou a ser socorrido com vida, foi encaminhado ao Hospital de Altos, sofreu duas paradas cardíacas e foi levado ainda vivo ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ele teria sofrido fraturas nas duas pernas e traumatismo craniano. O PM morreu no hospital.

Os suspeitos, identificados como Maycon Fontenele da Silva, 22 anos, Witalo Antônio Alves Lima, 18 anos, e Laércio Ferreira de Oliveira, 18 anos, foram presos em Altos horas após o crime e autuados na Central de Flagrantes de Teresina por roubo qualificado. A polícia também apreendeu as duas motocicletas usadas na ação. Os veículos estavam sem placa.

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