Polícia indicia prefeito e empregada por morte de primeira-dama no PI

20/02/2015 08h05


Fonte G1 PI

Imagem: Gustavo Almeida/G1Clique para ampliarPrefeito mentiu em depoimento sobre a morte da mulher, segundo a polícia.(Imagem:Gustavo Almeida/G1)Prefeito nega ter assassinado a mulher.

A Polícia Civil encaminhou para a justiça na manhã desta quinta-feira (19) a conclusão do inquérito sobre a morte da primeira-dama de Lagoa do Sítio, a 240 km de Teresina, Gercineide Monteiro, assassinada no dia 10 deste mês. De acordo com o delegado geral Riedel Batista, a investigação apontou que o prefeito José Arimateas Rabelo e a empregada Noêmia Maria da Silva foram os autores do crime.

"O inquérito concluiu o que já havia sido apontado, que eles foram os responsáveis pela morte. Ambos foram indiciados por homicídio qualificado",
disse o delegado ao G1. Riedel não quis dar detalhes sobre as conclusões do inquérito e apenas confirmou o indiciamento do prefeito e da empregada.

"Todas as informações estão nos autos. Agora o desembargador responsável vai cuidar do caso", falou. O inquérito foi econcluído em apenas nove dias.

Imagem: Gustavo Almeida/G1Clique para ampliarEmpregada doméstica é suspeita de participar do crime.(Imagem:Gustavo Almeida/G1)Empregada doméstica é é suspeita de ser co-autora do crime.

Entenda o caso

A primeira-dama Gercineide Monteiro foi morta na terça-feira (10) com um tiro no ouvido, enquanto dormia na sua casa em Lagoa do Sítio. No primeiro momento, a polícia chegou a acreditar que a morte se deu forma natural pela ausência de vestígios de violência no corpo da vítima, mas exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) em Teresina acusaram que a vítima foi assassinada. Ela foi atingida com um tiro no ouvido enquanto dormia, em sua casa.

Durante as investigações, a Polícia Civil disse que o crime foi cometido por José de Arimateas, prefeito de Lagoa do Sítio e marido da vítima, com ajuda da empregada Noêmia Maria da Silva, 42 anos. Ela teria escondido a arma usada no assassinato a pedido do prefeito, segundo a polícia. Os dois foram presos no mesmo dia do crime, mas negam a autoria do assassinato. Eles não foram indiciados pela Polícia Civil, que tem 30 dias para finalizar o inquérito. Caso sejam condenados pelo o homicídio, podem pegar até 30 anos de prisão.

Segundo a polícia, o prefeito matou a mulher por ciúmes, ao suspeitar que era traído. Os suspeitos estão presos: José de Arimateas na Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter) e Noêmia na Penitenciária Feminina, ambos em Teresina. O corpo da primeira-dama Gercineide Monteiro foi enterrado na tarde de quarta-feira (11) na cidade de Lagoa do Sítio. Ela e o prefeito eram casados há 13 anos e tinham dois filhos, que estão com a família da vítima.

O irmão de Gercineide, José Nilton de Sousa Filho, preferiu não comentar sobre a suposta participação do cunhado na morte da irmã e disse que a família está muito abalada. "O prefeito era como um irmão para mim, eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer", finalizou.

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