Polícia investiga caso de menino 13 anos agredido a chicotadas no Sul do Piauí; agressor filmou

28/10/2022 08h48

Fonte G1 PI

A Polícia Civil de Picos investiga um caso de agressão contra um adolescente de 13 anos em um parque de vaquejada na localidade Queimada da Ema, zona rural de Santana do Piauí, região Sul do estado. Em vídeo que circula nas redes sociais (veja acima), gravado pelo agressor, a vítima aparece sendo chicoteada após se envolver em uma confusão relacionada a esporas.

Segundo o delegado José Eulálio Neto, o episódio aconteceu na última terça-feira (25), data em que a mãe do adolescente registrou boletim de ocorrência. O Conselho Tutelar de Santana do Piauí também acompanha o caso.

À TV Clube, a conselheira Lucineide Rocha contou que, conforme relato da mãe do adolescente, o menino teria pegado emprestado, ainda na semana passada, um par de esporas com o dono do parque de vaquejadas em que a agressão ocorreu.

O combinado seria devolver o equipamento até a segunda-feira (24). No entanto, o adolescente teria esquecido.

A agressão aconteceu, de acordo com a mãe, depois que um vizinho da família procurou o adolescente para obter as esporas. O adolescente negou e alegou que devolveria ao dono do parque. Contudo, o vizinho teria procurado o empresário para dizer que o menino estava vendendo o material.

De acordo com a conselheira, a mãe contou que, na manhã de terça-feira, o dono do parque foi até a casa da família, encontrou o adolescente, o levou até o parque e o agrediu.

Um vídeo gravado pelo próprio agressor, que não teve o nome revelado, circula em redes sociais. Nas imagens, o adolescente é atingido nas costas e pernas por um chicote. Ele pede ao homem que pare as agressões e chega a dizer que possui apendicite.

“Eu comprei essa porra foi trabalhando. Não corra não, se você correr, eu lhe mato. Senta aí, senta. [...] Tu tinha apendicite na hora de tu roubar? Tu vê eu como? É trabalhando ou roubando? Fala, como é que tu me vê? ”, questiona o homem no vídeo.

“Trabalhando”, responde o adolescente.

“Eu acordo que horas pra ir tirar capim?”

“Não sei, senhor”, conclui o adolescente.

Mesmo agredido, o adolescente teria conseguido fugir do agressor e pedir carona para um motociclista até sua casa.

O Conselho Tutelar informou também que a Secretaria Municipal de Assistência Social vai prestar acompanhamento psicológico e social para a vítima e familiares.

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