Policiais civis prometem parar serviço na Central de Flagrantes

15/04/2018 08h23


Fonte Cidadeverde.com

Policiais civis do Piauí, que estão em greve há 12 dias, realizaram na última sexta-feira (13) um movimento de paralização de atividades no Instituto de Identificação da Polícia Civil. Na quinta-feira (12), o movimento também paralisou os atendimentos na Delegacia Geral.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí, Constantino Junior, informou que durante a mobilização da Delegacia Geral não foi registrado nenhum Boletim de Ocorrência. O movimento também prepara para a próxima semana, uma paralização da Central de Flagrantes.

“Paramos o Instituto de Identificação e também a Delegacia Geral, onde o fluxo de registros de Boletins de Ocorrência é grande e não foi registrado nenhum BO enquanto estivemos lá durante a manhã de ontem”,
informou o presidente.

Imagem: SInpolpiInício da greve no dia 3 de março em frente ao Palácio de Karnak.(Imagem:SInpolpi)

Agentes, escrivães e peritos da Polícia Civil participam do movimento grevista e de acordo com Constatino, 90% da categoria aderiu à greve. “Só não aderiu quem tem gratificações, porque eles preferem manter a gratificação do que ter seu próprio salário aumentado futuramente”, destacou.

Constantino promete que a paralisação de atividades vai continuar em outras unidades. “Vamos rodar outras unidades. Na Central de Flagrantes a gente quer começar por volta das 17h, porque o fluxo lá é muito grande e é maior à noite, e ficar até a madrugada. Estamos convocando a categoria para fazer nos demais distritos”.

O presidente garante que as atividades estão realmente paralisadas desde que a greve começou. “Claro, estamos mantendo 30% das atividades, de acordo com a lei. Isso na capital e interior com focos nas delegacias especializadas”.

Ele informou também que a convocação para as mobilizações estão sendo feitas através do site da instituição.

A categoria, segundo o presidente, reivindica o pagamento de reajustes dos anos de 2016 e 2017. “É pelo não cumprimento do processo de dissídio coletivo de greve de 2015, que trata reajustes de 2016, 2017 e 2018 e também para que sejam cumpridos os requisitos de diferenciação entre o maior e menor salário da classe. Queremos que o nosso salário se aproxime mais do que o salário do delegado. Não queremos ganhar tanto quanto o delegado, mas queremos um vencimento equiparado”.

Constantino disse ainda que a diretoria do Sindicato se reunirá na próxima terça-feira para debater e definir a data de realização da próxima assembleia.


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