Policial civil é procurado e irmão preso após tentativa de latrocínio em Teresina

09/01/2017 10h00


Fonte G1 PI

O policial civil do Piauí identificado apenas como Amarildo, que foi flagrado atirado em via pública no sábado (7), segundo a Corregedoria da Polícia Civil, tentava assaltar um rapaz e chegou a manter a família da vítima refém durante a ação. De acordo com o corregedor Adolfo Cardoso, o agente chegou a ser afastado da corporação após ser indiciado pela prática de assaltos.

Imagem: Catarina Costa/G1 PIClique para ampliarCorregedor revelou que policial já foi indiciado por assaltos.(Imagem:Catarina Costa/G1 PI)Corregedor revelou que policial já foi indiciado por assaltos.

"Há 20 dias o policial foi indiciado por vários assaltos, depois que as vítimas o reconheceram e nós abrimos um inquérito para apurar o caso. Eu mesmo o afastei da Polícia Civil, recolhi o revólver e a carteira funcional dele, mas o poder judiciário o reintegrou. Então, não me restou alternativa a não ser devolver a arma para o policial, que creio ter sido a mesma utilizada na tentativa de assalto de sábado, pela comparação do calibre dos cartuchos colhidos no local",
revelou.

O corregedor da Polícia Civil relatou que no sábado o policial tentou assaltar um rapaz na porta de casa, quando um vizinho viu e questionou a ação de Amarildo. O suspeito, alterado sacou a arma e começou a atirar em via pública, mas errou os tiros e entrou com a vítima do assalto na residência.

"Um dos tiros por pouco não acertou a cabeça do rapaz, que desviou e teve o rosto queimado pela pólvora. O policial estava na companhia do irmão, cada um portava duas armas, e sob efeito de entopercentes. Uma mulher e um menino de 4 anos foram trancados no banheiro da casa, enquanto o irmão do policial roubava os objetos e o agente ficou do lado de fora dando cobertura", contou.

Ainda durante a ação, o policial chegou a discutir e agredir fisicamente uma vizinha. Ele ainda atirou contra a mulher, mas também errou o tiro. Conforme o corregedor, o agente e o irmão saíram depois atirando nas casas, veículos e para cima como forma de intimidar os moradores.

"Testemunhas relataram que o policial gritava que quem o denunciasse, ele voltaria para matar e o denunciante poderia ir na Corregedoria, porque não daria nada. Parecia cena de filme. Quando cheguei ao local, ele foi avisado pelo irmão e subiu na moto. Iniciamos uma perseguição, mas o agente fugiu e o seu comparsa foi preso",
disse o corregedor.

As vítimas estiveram ainda no sábado na Corregedoria para prestar depoimento, enquanto a polícia continua em diligência para prender o policial. O irmão dele foi encaminhado para a Central de Flagrantes e autuado por tentativa de homicídio. Ele já responde por assaltos a uma farmácia e um posto de combustível.

"O policial já é considerado foragido da polícia. São poucos os casos de policiais com tal postura, mas um oficial tem que saber como agir fora do horário de trabalho. Ele não pode ameaçar as pessoas, andar mostrando a arma, estar sob efeito de alcool",
acrescentou o corregedor Adolfo Cardoso.

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