Postos fiscais precários ou fechados geram sonegação de impostos no PI

23/01/2015 09h28


Fonte G1 PI

Há cerca de um ano a Secretaria de Fazenda do Piauí (Sefaz) determinou o fechamento de quatro postos fiscais do estado. Além disso, muitos dos pontos de fiscalização que ainda funcionam estão em situação precária e em alguns deles os servidores trabalham na base do improviso. Com o funcionamento comprometido, os funcionários afirmam que a sonegação é facilitada.

O posto da Sefaz utilizado para arrecadar impostos para o Piauí na cidade de Timon funciona em um caminhão baú. O local não possui banheiros, as instalações elétricas são improvisadas e o sistema de informática nem sempre funciona. Os problemas atrapalham a rotina de motoristas que necessitam do serviço e precisam de uma liberação rápida das mercadorias.

“Por causa do problema no sistema a gente tem que ficar parado um bom tempo e esperar normalizar para depois voltar ao trabalho. Isso atrapalha porque nós dependemos desse serviço”, disse o caminhoneiro Gerson Pessoa. Já o posto que servia para fiscalizar veículos que entravam no Piauí através da ponte Metálica está fechado e não funciona há cinco anos.

No interior do estado a situação é ainda mais grave, pois boa parte dos postos não consegue mais arrecadar devido a precariedade da estrutura. Atualmente, o Piauí arrecada por ano R$ 2,7 bilhões em impostos, mas estudos feitos pela Sefaz indicam que a arrecadação poderia ser 32% maior se a fiscalização sobre a entrada de mercadorias fosse mais rigorosa.

Funcionários da Sefaz se reuniram em assembleia nessa quinta-feira (22) para discutir maneiras de cobrar melhor estrutura as autoridades. Eles também pedem a contratação de 150 servidores para fazer com que o estado possa arrecadar mais recursos. Para o diretor do Sindicato dos Técnicos Fazendários do Piauí, Flaviano Santana, é preciso reestruturar os postos de fiscalização.

"Quando você não investe na máquina de arrecadar quem perde é o estado. Se não é feito um investimento para melhorar essa arrecadação e coibir a sonegação, há uma perda para o estado e por isso o sindicato cobra uma reestruturação",
falou o sindicalista.

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