Presidente do TJ diz que presos do PCC estão sendo monitorados no PiauÃ
16/01/2017 10h40Fonte Cidade Verde
Imagem: Wilson Filho/Cidadeverde.com
O presidente interino do Tribunal de Justiça do Piauí, José James Gomes Pereira, informou na manhã desta segunda-feira (16) que presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) estão sendo monitorados no Piauí. O TJ está reunindo juízes criminais para tratar sobre a crise no sistema prisional no país. O presidente iniciou a fala informando que a 7ª Vara é um dos gargalos com excesso de presos provisórios.
O presidente interino reafirma que não existem facções criminosas no Piauí, atuando como um grupo, e que a Justiça disse haver apenas problemas pontuais, como a presença de integrantes no estado, oriundos de outras regiões.
"Alguns integrantes estão em choque entre si. O Piauí está fazendo um monitoramento de presos ligados ao PCC, que são cerca de três detentos, mas não temos a presença de integrantes do Comando Vermelho e da Facção Família do Norte (FDN)", disse.
O desembargador informou que a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, comunicou em reunião em Brasília que o Piauí recebeu R$ 50 milhões para a abertura de novas vagas nos presídios para desafogar o sistema.
Participa da reunião de juízes criminais de Teresina e interior, também, o corregedor-geral de justiça Ricardo Gentil Eulálio, e o presidente da Associação dos Magistrados Piauienses (AMAPI), Thiago Brandão.
O desembargador José James disse que está sendo montado um esforço concentrado para que os juízes agilizem os processos, para reduzir os presos provisórios em um prazo de 90 dias. Atualmente, o Piauí tem 4.200 presos e, destes, 65% são presos provisórios, sendo o 2º estado com maior índice.
O presidente da AMAPI, Thiago Brandão, ressaltou a urgência em se abrir vagas nos presídios. Segundo ele, há mais de 20 anos o estado está com vagas insuficientes.
"É preciso dar a César o que é de César. Nos últimos 20 anos, o número de vagas foi pouco, por outro lado aumentou o crime organizado, a penetração das drogas e a clientela aumentou muito. Temos dois presídios para ser entregues, esperando há 20 anos", declarou.
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