Presidente do TJ-PI encerra negociação com servidores grevistas

04/03/2016 07h30


Fonte G1 PI

Imagem: Catarina Costa/G1 PITribunal de Justiça do Piauí.(Imagem:Catarina Costa/G1 PI)Tribunal de Justiça do Piauí.

O desembargador Raimundo Eufrásio Alves Filho, presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), afirmou que não negocia mais com os servidores do TJ que estão em greve desde o dia 26 de fevereiro. Segundo o presidente, a intenção do grupo é inviabilizar a nomeação de novos juízes e servidores, já que a única reserva financeira do tribunal é para estas nomeações.

“O oferecimento de orçamento maior do que o proposto por nossa gestão implicará no impedimento absoluto da nomeação dos servidores e magistrados, cujos concursos estão se ultimando. Tal medida causará prejuízo ainda maior para a Justiça, que já sofre com um quadro caótico com a falta de recursos humanos. Aumentar a proposta é deixar de convocar juízes e servidores devidamente aprovados em concurso. É isso que os servidores querem?”,
afirmou o presidente Raimundo Eufrásio.

Carlos Eugênio de Sousa, presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciario, afirmou que o argumento do desembargador não é verdadeiro e que no final do ano passado 180 magistrados e servidores que deveriam ser nomeados e não foram empossados até a presente data.

"Discordo do presidente e agora a greve continua com mais força e disposição. Na verdade, o que estamos reivindicando é o rejauste do auxílio saúde e alimentação. Outra reivindicação é sobre o plantão judicial, porque tem oficial trabalhando durante sete dias durate 24 horas",
disse.

Sobre as reivindicações dos servidores, o presidente do TJ disse que já chegou no limite dos valores que poderia propor, ficando o TJ-PI no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Já conversamos vários vezes com o Conselheiro do CNJ Norberto Campelo, com o presidente da OAB-PI Chico Lucas, mas não se chegou a um acordo. A partir de segunda-feira já inicia o processo de transição para a nova gestão, porque teremos novo presidente”,
finalizou o desembargador Eufrásio.

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