Professor é preso suspeito de matar travesti

28/08/2015 13h38


Fonte Cidadeverde.com

A Delegacia de Homicídios cumpriu mandado de prisão contra o professor universitário e jornalista Luís Augusto Antunes, 31 anos, suspeito de ser o autor do assassinato da travesti Maciel Batista Ismael Sousa, conhecida como Makelly Castro, 24 anos. Ela foi morta por asfixia e encontra no Distrito Industrial, na zona Sul de Teresina, no dia 18 de julho de 2015.

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarProfessor é preso suspeito de matar travesti(Imagem:Cidadeverde.com)Makelly Castro

De acordo com o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Costa, o Baretta, o caso foi investigado pelo delegado Higgo Martins que chegou ao suspeito através de depoimentos de testemunhas que anotaram a placa do carro, um Pálio, cor vermelha.

“O delegado ouviu várias travestis e disse que ela tinha saído nesse carro e uma delas anotou a placa. O mesmo foi visto dias depois em outro ponto de travestis na rua 24 de janeiro, tentando fazer outro programa, mas não deixaram e anotaram a placa de novo. Chegamos ao carro, que apresentava umas arranhaduras, fizemos todas as técnicas de investigação e representamos pela prisão que foi concedida pelo Central de Inquéritos, pelo juiz Luís Moura”,
explicou o delegado.

Segundo Baretta, o suspeito já havia sido interrogado e negado o crime, mas hoje foi cumprido o mandado de prisão na avenida Centenário, no bairro Aeroporto, zona Norte de Teresina. “Nós já estávamos monitorando ele. A prisão era para ter acontecido ontem, mas não deu certo e hoje conseguimos prendê-lo”, contou.

O delegado informou que além desse crime, o professor universitário é suspeito de uma tentativa de homicídio no mês de maio de outra travesti, do mesmo ponto de Makelly.

“Outra travesti que fazia ponto lá tinha sofrido e só se livrou da marra, porque ele ia matar também. Não sei o que há, porque ele faz uso desse tipo de pessoa e depois quer dá (um fim) assim, pode ser uma aberração, uma anomalia no instinto dele”, supõe o delegado acreditando em homofobia.

O professor presta depoimento na Delegacia de Homicídios e depois será encaminhado a uma unidade prisional. “Nós recebemos muitas críticas por conta desse caso, mas nós não trabalhamos com disse me disse, precisamos de provas e embasamento nas nossas investigações, só damos a resposta baseados em indícios fortes”, ressaltou o delegado Francisco Baretta.

Entenda o caso

Makelly foi vista pela última vez no dia 17 de julho de 2014 por volta das 20 horas, na calçada da boate Mercearia com outros travestis. Um indivíduo em um pálio, cor vermelha, parou e acertou o programa com a vítima e saíram. Na manhã do dia seguinte, o corpo de Makelly foi encontrado nas proximidades do Distrito Industrial na zona Sul de Teresina, onde o laudo cadavérico atestou que ela tinha sido morta por meio de asfixia.

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