Professora é ferida em tumulto na Assembleia e fratura fêmur
22/06/2018 08h09Fonte CidadeVerde.com
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Dois professores foram feridos durante tumulto na votação do reajuste dos professores na manhã da última quinta-feira (21) na Assembleia Legislativa.
Entre os manifestantes que saíram feridos, o caso mais grave foi da professora Patrícia Andrade, membro da executiva estadual da Central Sindical e Popular – CSP Conlutas, e docente do Instituto Federal do Piauí (Ifpi). Ela teve fratura no fêmur e por volta das 18h passou por cirurgia.
O cinegrafista da TV O DIA, Jonas Santos, foi derrubado por manifestantes durante a confusão. O profissional fazia imagens do protesto dos professores, quando foi derrubado no momento em que um empurra- empurra generalizado começou.
Durante a queda, um manifestante cai por cima de Jonas e ele tem o equipamento utilizado pelo cinegrafista foi danificado. O profissional machucou a mão, mas não teve ferimentos graves.
Os deputados fizeram a votação do reajuste de 2,95% aos professores a portas fechadas. A decisão dos parlamentares revoltou os professores que faziam uma vigília na porta da presidência, onde ocorria a votação.
No momento em que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Themístocles Filho (MDB), deixou à presidência para iniciar a votação, um grande tumulto foi iniciado. Pessoas caíram e saíram machucadas.
A professora Patrícia deixou o local carregada após machucar a perna e não conseguir andar. Outro professor ferido é Landim Neto que teve o rosto machucado e ficou com o nariz sangrando. Apesar do protesto e da confusão, a proposta do governo de aumentar o salário dos professores em 2.95% foi aprovada.
A categoria vai recorrer à Justiça para anular a votação. Eles acusam a Assembleia de ter conduzido o processo de forma ilegal.
Na tarde desta quinta, a CSP Conlutas divulgou nota de repúdio a violência policial promovida contra os manifestantes.
"Da mesma forma, exigimos que o Governo e Assembleia Legislativa garantam os reajustes que haviam sido acordados com as categorias e que passaram por aprovação em abril, na Assembleia Legislativa. Nossa Central se solidariza com todas as categorias atacadas pelo governo e chama as demais centrais e organizações sindicais a unificarem a luta contra o golpe promovido pelo governo Wellington Dias e deputados estaduais contra o funcionalismo estadual".