Professores substitutos denunciam salários atrasados há 4 meses no PI
04/07/2016 10h03Fonte G1 PI
Os professores substitutos de cursos técnicos da rede estadual de ensino denunciam que os salários estão atrasados há pelo menos quatro meses. Em boa parte das escolas estaduais o quadro de docentes efetivos é deficitário e vários substitutos são contratos temporariamente, geralmente com duração de um ano passível de renovação.Imagem: Reprodução/TV ClubeClique para ampliarLayla Miranda conta que desde março não recebe salários.
Laynna Marina é professora do curso técnico de saúde bucal no Colégio Premen Sul, na Zona Sul de Teresina. A dentista explica que desde que o contrato foi renovado em março deste ano ela nunca mais recebeu os salários, mesmo após ter procurado a Secretaria de Educação para cobrar esclarecimentos sobre a situação.
"A primeira providência foi saber se havia algum erro com relação a minha documentação na escola. A resposta que me deram é que tudo foi enviado para a Seduc. Então eu fui lá e disseram que iriam me incluir na folha de pagamento e que no mês subsequente eu receberia, mas passou o mês e nada", contou.
Uma outra professora que preferiu não ter o nome revelado disse que ainda não recebeu pagamento esse ano. Segundo ela, além do transtorno de não receber os vencimentos pelo serviço ainda existe a falta de informação, o que deixa os trabalhadores mais indignados com a situação.
"Quando eu vou lá que pergunto eles falam com toda veemência que vão regularizar e que é certeza de que o próximo pagamento será pago. A gente sai de lá com a certeza de que vai receber, mas quando chega no final do mês nada", desabafou.
De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte), pelo menos 500 professores de cursos técnicos profissionalizantes do estado estão na mesma situação. Eles foram contratados por meio de análise de currículos e por enquanto não existem perspectivas de quando vão receber os salários.
Ainda conforme o sindicato, as secretarias estaduais de Educação e da Administração têm conhecimento da situação, mas nenhuma providência foi tomada até agora. Apesar dos contratos precários, o Sinte exige que o estado regularize a situação dos professores substitutos.
"Nós vamos cobrar. O Sinte é veementemente contra uma situação dessas e se depender do sindicato nós vamos ajudar esses profissionais e vamos atrás e cobrar para que seja regularizada a situação deles", falou Antônia Ribeiro, diretora do sindicato.
A Secretaria de Estado da Educação do Piauí disse que por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal o estado teve que fazer cortes no pagamento dos professores. Já a Secretaria de Administração do Estado do Piauí informou que os pagamentos dos meses em atraso devem ser feitos em breve, mas não fixou uma data específica.