Profissionais médicos voltam a parar atividades por três dias no Piauí

05/07/2016 20h46


Fonte G1 PI

Pela segunda vez em menos de uma semana, médicos servidores do estado voltaram a paralisar as atividades em seus consultórios na manhã desta terça-feira (5) em todo o Piauí. Os trabalhos ficam suspensos por três dias tanto na capital quanto no interior do estado. A categoria continua reivindica o cumprimento do acordo salarial firmado com o governo ainda no ano passado, que não foi atendido.

A última paralização aconteceu na terça-feira (28) e chegou a voltar ao normal ainda na sexta-feira, dia 30. Quem esteve no Hospital Getúlio Vargas (HGV) e no Hospital Lucídio Portela, afirmou que não sabia da paralisação dos profissionais, deixou pacientes com atendimento marcado, ficaram surpresos.
Imagem: Reprodução/G1 PIAtividades estão suspensos a partir desta terça (5) e só retornam quinta (7).(Imagem:Reprodução/G1 PI)Atividades estão suspensos a partir desta terça (5) e só retornam quinta (7).

Segundo o Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi), a paralização suspende pelo menos mil consultas no HGV, 230 no hospital infantil e inviabiliza 230 cirurgias. Pacientes que viajaram horas até a capital. Quem precisou de atendimento teve que dar meia volta e voltar para casa.

"O pior é que nenhum médico dá alguma satisfação. Nós deveríamos ser pelo menos avisados porque quem vem procurar aqui atendimento é carente. Eu passei foi mais de 4h viajando de São Pedro do Piauí para cá e quando chego o médico diz para esperar até 9h30. E um cartaz na porta dizendo que é só para vir no fim do mês",
disse a dona de casa Francimeire Ferreira.

Profissionais médicos se reuniram nesta terça-feira (5) na porta da Maternidade Dona Evangelina Rosa. Segundo a presidente do Simepi, Lúcia Santos, são melhorias salariais, a principal reivindicação da categoria são condições de trabalho além de reajuste no piso dos profissionais.

"O governo, através das reivindicações da classe e dos seus sindicatos, que ele resolvesse o problema que se perpetua há muito tempo. E com a nossa surpresa, mesmo que a classe médica fazendo esse esforço a gente ainda é pego com essa notícia de cumprir esse aumento ínfimo de remuneração",
contou.

Uma reunião realizada ainda na semana passada entre as Secretarias de Saúde, Administração, Secretaria de Governo e o Ministério Público do Piauí tratou sobre o assunto. Segundo o diretor da Secretaria de Saúde (Sesapi), Ivo Lima, o reajuste não pode ser feito porque o estado atingiu o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.

"Depois que sair o novo relatório em setembro a promessa de novas conversas. A gente vive em um momento de crise e esperamos que isso se resolva para que a população seja atendida em sua saúde plena",
contou.

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