Quadrilha suspeita de ataques a bancos no Piauà e Maranhão é presa com explosivos
20/09/2017 09h16Fonte G1 PI
Imagem: Júnior Feitosa/G1 PIQuadrilha foi presa com explosivos e armas em Teresina.
Sete pessoas foram presas nessa terça-feira (19) com vários explosivos e armas no residencial Torquato Neto, Zona Sul de Teresina. De acordo com a Polícia Civil, elas são suspeitas de integrar uma quadrilha de ataques a caixas eletrônicos e casas lotéricas nos estados do Piauí e Maranhão.
Ainda segundo a polícia, dois suspeitos apontados como chefes do grupo são de Minas Gerais e haviam sido presos em 2016 acusados pelo arrombamento do Banco do Brasil do São Cristóvão, Zona Leste de Teresina. Já outros integrantes têm passagens por crime virtual, eram considerados hackers, e tráfico de drogas.
"A investigação iniciou em conjunto com a Polícia Federal, após uma sequência de arrombamentos a caixas eletrônicos no Piauí e Maranhão. Recebemos a informações que existia uma movimentação estranha em um bairro da Zona Sul de Teresina e após diligências prendemos os suspeitos, que estão envolvidos a ataques a oito agências bancárias", revelou o delegado Willame Moraes, coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
Imagem: Júnior Feitosa/G1 PI Delegado Willame Moraes, coordenador do Greco.
A última ação da quadrilha foi registrada na madrugada dessa terça-feira, durante a explosão a caixas eletrônicos do Banco do Brasil de Codó, no Maranhão. Uma semana antes, as agências do Bradesco de Jerumenha e Marcos Parentes, no Sul do Piauí, foram alvos do grupo.
No Piauí, os suspeitos são acusados pelos ataques a Caixa da Barão de Gurgueia, em Teresina, e banco na prefeitura de Picos. Enquanto no Maranhão, eles teriam agindo no Bradesco de Parnarama, Caixa e Banco do Brasil de Timon, esta última houve apenas uma tentativa.
"Eles foram os primeiros a trazer este tipo de explosivo ao Piauí. Tanto que a primeira explosão a caixa eletrônico registrado no estado ocorreu no Banco do Brasil do São Cristóvão. A partir daí houve uma ramificação do grupo, que passou o conhecimento para outros comparsas e o líderes ao serem liberados voltaram a fazer a mesma prática", destacou o secretário de segurança Fábio Abreu.
Imagem: Divulgação/Polícia Militar Posto de atendimento do Bradesco, em Jerumenha, ficou destruído após explosão.
Para Fábio Abreu, apesar de agir de forma inovadora o grupo não sabia o tempo certo da explosão e por isso corriam risco de morte ao instalar os explosivos nos caixas eletrônicos. Na explosão da Caixa Econômica de Timon, um morador de rua morreu durante a ação.
"Os explosivos eram trazidos de Minas Gerais pelos líderes. A quadrilha transitava com facilidade pelos estados, sem chamar a atenção. No caso de Timon, eles vão responder por homicídio, uma vez que o morador de rua morreu em decorrência da explosão da agência", comentou o secretário.
Veja mais notícias sobre PiauÃ, clique em florianonews.com/piaui