Quatro adolescentes serão julgados por estupro coletivo no dia 12 de julho
23/06/2016 17h34Fonte G1 PI
Imagem: João Vitor/Portal B1Julgamento vai ocorrer no fórum de Bom Jesus.
A audiência de julgamento dos quatro adolescentes acusados de participação no estupro coletivo ocorrido em Bom Jesus será realizada no dia 12 de julho. O Ministério Público do Piauí vai pedir a condenação dos quatro por ato infracional análogo a estupro. Além deles, um homem de 18 anos foi denunciado pelo mesmo crime, ocorrido no dia 21 de maio deste ano.
A promotora do caso, Gabriela Almeida de Santana, afirmou que existem elementos suficientes para pedir a internação dos jovens, já todos tiveram participação efetiva para que a vítima de 17 anos fosse estuprada.
“Os menores confessaram que levaram a vítima ate o local, que deram bebida alcoólica para ela, que a viram perder os sentidos e que presenciaram o maior consumar conjunção carnal com a menina. Eles criaram a situação do estupro e não tentaram evitar. Eles respondem por omissão em relação à ação”, disse a promotora.
Segundo a Polícia Civil, no dia 21 de maio uma adolescente de 17 anos foi abusada sexualmente por um rapaz de 18 anos e mais quatro adolescentes. A vítima foi encontrada amarrada e amordaçada com peças da própria roupa. O jovem foi preso em flagrante e quatro menores apreendidos. Inicialmente, todos os citados negaram participação no crime, mas depois o rapaz confessou o estupro. O maior segue preso e os menores estão em liberdade.
No despacho do juiz para realização da audiência de julgamento, o magistrado determinou ainda que o laudo do exame do DNA, que pode comprovar definitivamente a participação dos adolescentes no crime, fosse juntado ao processo até o dia 18 de junho.
A data já expirou, as amostras para a realização do exame foram enviadas para o estado da Paraíba neste mês de junho e o resultado ainda não saiu. Com isso, existe o risco de que os laudos não cheguem antes da realização da audiência de julgamento.
No dia 12 de julho serão ouvidas a vítima, as testemunhas de defesa e acusação, assim como será feito o interrogatório dos próprios jovens acusados. Após toda explanação, o juiz abre prazo para apresentar a sentença.
Menores negam
Os advogados dos quatro adolescentes suspeitos de estupro coletivo afirmaram ao G1 que os jovens negam participação no crime, mas teriam visto a garota de 17 anos mantendo relação sexual (consentida) com o maior de 18 anos. O Ministério Público discorda e reafirma que houve estupro coletivo com a participação de todos os suspeitos.
Por meio de nota, a promotora responsável pelo caso, Gabriela Almeida de Santana, discordou das informações prestadas pelos defensores. “O que posso afirmar é que a vítima se recorda de ter ido até a obra com todos os envolvidos, mas que, por ter apresentado perda de consciência, após copiosa ingestão de bebida alcoólica não se recorda do que teria acontecido depois. Ademais, o maior envolvido no crime, delatou à polícia o envolvimento dos demais”, escreveu.
Sobre o laudo que não teria atestado o estupro, segundo versão dos defensores, a promotora contou que exame pericial apontou que não houve violência e que isso não confirma a teoria de que não teria havido o crime.
Segundo os advogados, os adolescentes disseram que a garota consentiu o ato, que no momento em que as carícias iniciaram, quando estavam todos em um bar, a menina estava consciente e ainda tentou beijar um dos jovens, no entanto, este se recusou a beijá-la e, neste momento, eles decidiram sair do local deixando o casal (o maior de idade preso pelo estupro e a vítima) sozinho.
Estupro em Sigefredo Pacheco
Na semana passada, a Polícia Civil do Piauí começou a investigar mais um caso de estupro coletivo registrado na cidade de Sigefredo Pacheco. A vítima foi uma jovem de 21 anos, abusada dentro de um carro por cinco homens. Quatro deles já foram presos e outro continua foragido.
Nas imagens, compartilhadas pelo WhatsApp, a jovem aparece desacordada e com as partes íntimas à mostra enquando um dos suspeitos toca sua vagina. A mulher não esboça nenhuma reação. Em depoimento à polícia, o grupo preso confessou a gravação de mais dois vídeos com a vítima desmaiada e em situações constrangedoras.
A vítima revelou à polícia que dois dos rapazes chegaram a lhe procurar e oferecer dinheiro para que ela não denunciasse o caso. O delegado Laércio Evangelista, que preside o inquérito, também investiga outras pessoas que tentaram obstruir as investigações, entre elas, um pré-candidato às eleições municipais em Sigefredo Pacheco.
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