Quatro suspeitos de estupro coletivo no Piauí estão em liberdade

21/07/2016 13h05


Fonte G1 PI

Estão em liberdade os quatro suspeitos de cometerem o estupro coletivo na cidade de Sigefredo Pacheco, a 160 km ao Norte de Teresina. Eles estavam presos na Penitenciária de Esperantina desde o dia 16 de junho e foram liberados no dia 16 deste mês, quando expiraram os mandados de prisão. Segundo o delegado Laércio Evangelista, foi pedido para a Justiça tranformação do mandado de prisão temporário em provisória, porém a demanda foi negada.

Nessa terça-feira (19) um pré-candidato à prefeitura de Sigefredo Pacheco foi indiciado no caso, mas não chegou a ser preso.

Imagem: Pedro Santiago/G1Suspeitos de estupro coletivo em Sigefredo Pacheco foram apresentados pela Polícia Civil em Teresina.(Imagem:Pedro Santiago/G1)Suspeitos de estupro coletivo em Sigefredo Pacheco foram apresentados pela Polícia Civil em Teresina.

O crime aconteceu no dia 3 de junho, mas a denúncia só foi feita 11 dias depois na cidade de Campo Maior. Uma jovem de 21 anos foi filmada desacordada e seminua dentro de um carro. Nas imagens, vários rapazes zombam da vítima e pegam em suas partes íntimas. A mulher abusada não se lembrava de nada e só soube do ocorrido porque uma vizinha sua comentou que um vídeo com imagens da vítima estavam sendo compartilhadas pelo WhatsApp.

Segundo os advogados dos suspeitos, o prazo da prisão temporária expirou na sexta-feira (15) e a polícia não solicitou nenhuma prorrogação do prazo, por este motivo os seus clientes foram liberados. Os advogados declararam ainda que não podem falar sobre o inquérito policial que indiciou os jovens, já que o processo ocorre em segredo de justiça.

Já o advogado do pré-candidato à prefeitura informou que o seu cliente não estava na cidade no dia do crime e que ele teria retornado quatro dias depois e foi procurado por um dos suspeitos, mas que seu cliente é inocente.

"O jovem procurou o candidato para saber o que fazer, porque o vídeo tinha vazado. Como o meu cliente trata esse rapaz como se fosse um filho chamou a atenção dele pelo fato e chegou a dizer que destruiria o celular do rapaz e compraria um de modelo inferior, porque só assim o rapaz não faria mais besteira. No entanto a ligação estava sendo grampeada e a justiça entendeu que o candidato estaria tentando obstruir a prova do estupro, mas só que não se concretizou a ameaça de destruir o celular e por isso não tem base para ele ser indiciado",
disse o defensor.

O inquérito policial que indiciou os quatro adolescentes por estupro e o pré-candidato vão para o Ministério Público, para que o órgão faça a denúncia. O G1 tentou falar por telefone com a advogada quer acompanha a vítima, mas as ligações não foram atendidas.

Entenda o caso
O estupro aconteceu no dia 3 de junho desse ano durante os festejos do município. Segundo a Polícia Civil, a vítima de 21 anos, teria ingerido bebida alcóolica oferecidos pelos suspeitos e logo depois apagado. A jovem foi filmada desacordada e seminua dentro de um carro.

Os suspeitos que têm 18, 23, 25 e 27 anos foram presos no decorrer das investigações e seguem no presídio de Esperantina. Os cinco foram indiciados por estupro coletivo. Um jovem de 22 anos que teve a prisão requerida pela polícia fugiu, mas depois a Justiça revogou sua prisão e ao final das investigações, segundo o delegado, não ficou comprovado sua participação no crime.

Para ler mais notícias do FlorianoNews, clique em florianonews.com/noticias. Siga também o FlorianoNews no Twitter e no Facebook

Tópicos: crime, suspeitos, estupro