Rede precária em postes de madeira deixa moradores às escuras no Piauí

30/07/2015 09h17


Fonte G1 PI

Imagem: G1 PIEletrobras declarou melhorar o serviço após complexo de obras na região.(Imagem:G1 PI)Eletrobras declarou melhorar o serviço após complexo de obras na região.

Perigo para os moradores de Sigefredo Pacheco, que fica a 160 quilômetros de Teresina. Boa parte da rede de energia elétrica ainda é sustentada por antigos postes de madeira, muitos deles quebrados ou amarrados com corda e até arames.

A péssima qualidade do serviço é motivo também de muitas reclamações entre os moradores, que já se acostumaram com a falta de energia. A aposentada Rosa Maria Cruz contou viver no tempo da lamparina, mesmo pagando todo mês a conta de energia. "Acerto as lamparinas, deixo uma na cozinha e outra na sala, para não ficar no escuro", lamentou.

Na casa de Cleide de Oliveira, ela mostra a televisão e o tanque de lavar roupa queimados. Para não ter mais problemas, a comerciante tem evitado ligar os outros aparelhos a qualquer hora e ainda usa um transformador.

"Como eu tenho poço, a bomba de jogar água para caixa tem que ser ligada de manhã cedo, porque a noite não funciona",
relatou.

O motivo da energia ser tão ruim está na sua transmissão. Na rua há somente um poste de concreto, coberto de um emaranhado de fios, que levam a energia até a casa e são sustentados por estacas de madeira, algumas comidas por cupins, enquanto os fios são amarrados com cordas.

A auxiliar de serviços gerais Antônia Pereira mostra a altura que os fios passam pela rua. "Não tem condição a altura deste poste, corre risco de uma pessoa passar e não ver os fios baixos. Recentemente passei uma semana sem energia, porque um caminhão baú quebrou a fiação", comentou.

Francisco Alexandro senta na porta todos os dias, bem ao lado do poste de madeira. "Eu até esqueço que tem energia no poste, já me acostumei fica sem luz em casa", disse o vigia.

A Eletrobras tem conhecimento da situação e chegou até instalar contadores nos postes de madeira, que já estão enferrujados e amarrados com pedaços de fios. "Antes não tinha tanta fiscalização e exigência da Eletrobras, hoje ela exige dos moradores o suporte para doar para empresa e isto é inadimissível. Nós queríamos saber para onde está indo a taxa de iluminação pública, que pagamos todo mês, e por que não temos uma energia adequada", indagou o pedreiro Valter de Oliveira.

Para o prefeito de Sigefredo Pacheco, Oscar Bandeira, é competência da prefeitura a iluminação pública, mas não temos estrutura para realizar o serviço. "A população nessa hora perde, porque contribue e não tem o serviço. A Eletrobras também faz tempo adia a nossa solicitação e alega que o município não ainda foi contemplado com a expansão", explicou.

Resposta
O assistente da Diretoria de Expansão da Eletrobras, Luís Carlos Coelho, explicou que é necessário um conjunto de obras para resolver o problema de oscilação.

"Inicialmente estamos construindo uma linha de 120 Km ligando Altos à Castelo, que trará benfício para toda aquela região. Além disso, vamos refazer a rede de distribuição na cidade, que substituirá os postes de madeira",
informou.

Em caso dos aparelhos queimados, os consumidores de Sigefredo Pacheco que tiverem prejuízos com eletrodomésticos podem procurar a Eletrobras ou o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). A Promotoria mais próxima fica no município de Campo Maior, na rua Siqueira Campos, nº 372, Centro.

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Tópicos: moradores, energia, poste