Relatório do DNIT aponta BR-135 como a pior rodovia do PiauÃ
15/10/2017 10h48Fonte Cidade Verde
O Indicador de Qualidade das Rodovias Federais, divulgado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), oficializa a BR-135 como a pior rodovia do Piauí. Ela obteve Índice de Condição da Manutenção (ICM) péssimo entre todos os trechos vistoriados pela pesquisa. Os dados são de junho do ano passado.
A BR-135 não tem acostamento e apresenta desníveis de até 30 centímetros. Veículos que saem da pista acabam capotando. A rodovia já registrou mais de 40 mortes só neste ano. Obras emergenciais começaram a corrigir o problema, mas a recuperação de todo o trecho abrange 400 quilômetros e pode custar R$ 300 milhões
Segundo o relatório do DNIT, os piores trechos da BR-135 ficam próximos aos municípios de Gilbués, Redenção do Gurgueia e Cristino Castro.
O alto índice de acidentes na BR-135 chamou a atenção do Brasil. Em Brasília, a bancada federal fez uma espécie de força tarefa para conseguir recursos para o alargamento da rodovia. Para 2018 estão previstos R$ 100 milhões só de emendas impositivas.
Além da 135, outro pequeno trecho da BR-226 também foi considerado péssimo na pesquisa.
Piauí está entre os 5 em melhor conservação de rodovias no Brasil
O péssimo estado da BR-135 não impediu que o Piauí ficasse em 5º lugar no Brasil no ranking de melhor manutenção de rodovias federais pavimentadas. Com índice bom de 83%, o Estado só ficou atrás de Amapá (98%), Bahia (82%), Roraima (82%) e Distrito Federal (85%). Em pior situação estão Acre (32%), São Paulo (43%), Mato Grosso do Sul (53%), Sergipe (56%) e Ceará (56%).
Com 83% de rodovias em bom estado no Piauí, sobra apenas 10% em situação regular, 3% ruim e 5% péssimo, este último englobando a BR-135.
Em todo o Brasil, quase 70% das rodovias federais administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT apresentam, em 2017, Bom estado de manutenção.
Desenvolvido pela equipe técnica do DNIT, o ICM é um importante indicador para gestão da malha federal que utiliza os mesmos critérios considerados nos projetos da Autarquia, responsável pelas obras de implantação, pavimentação, duplicação e manutenção das chamadas BRs. De acordo com o ICM, 20,6% das rodovias federais estão em estado Regular, 6,9% estão em estado Ruim e 5,0% estão em estado Péssimo.