Remédio que garante realização de transplante chega ao HGV na sexta-feira, diz Fepiserh
10/08/2022 09h23Fonte Cidadeverde.com
O medicamento simulect, que evita a rejeição de órgãos transplantados e garante a realização do procedimento, deve voltar a ficar disponível no estoque do Hospital Getúlio Vargas (HGV) a partir da próxima sexta-feira. A informação foi repassada pelo assessor da presidência da Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh), Igor Cavalcante.
A falta do medicamento impediu que os órgãos doados pela família da doméstica Juliana da Silva, 29 anos, que morreu após ser baleada em uma discussão de cunhados em Teresina, beneficiassem pacientes que estão na fila de espera no Piauí. Os dois rins e o fígado de Juliana foram inseridos na lista nacional e encaminhados para outros estados.
Segundo o assessor da Fepiserh, um processo licitatório para aquisição do medicamento está em fase final e até sexta-feira o insumo vai estar disponível para uso no HGV.
“A Fundação já vinha fazendo um processo licitatório, com ata de registro de preço, onde indústrias e empresas de outros estados também pudessem participar da aquisição desse medicamento. Esse processo já está finalizando e até sexta-feira esse medicamento já vai estar prontamente reestabelecido no HGV e a serviço da população”, informou Igor Cavalcante.
Ainda segundo o assessor da Fepiserh, a falta de estoque do medicamento simulect está relacionada às dificuldades para aquisição.
“Realmente, é um medicamento específico, que é utilizado quando o paciente vai receber algum órgão que é captado no HGV. A nossa grande dificuldade é que esse medicamento é fornecido aqui no estado do Piauí apenas por uma única empresa. A própria indústria faz o cadastro de uma única empresa aqui no estado do Piauí para fornecer”, explicou.
O Piauí realiza apenas transplantes de rins e córneas. De acordo com a Central de Transplantes, atualmente são 261 pacientes na fila de espera por um rim e 380 na fila de espera por córneas.
Caso Juliana
A babá Juliana da Silva, 29 anos, morreu na tarde de segunda-feira (8) após nove dias internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
No dia 30 de julho, Juliana levou um tiro na cabeça durante discussão entre os cunhados Felipe Holanda e Daniel Flauberth Gomes Nunes, 38 anos, no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina. A Polícia investiga se os cunhados morreram após uma discussão familiar motivada pela irritação de um deles pelo choro de uma criança.