Repórter relata dificuldades de ter contraído poliomielite e alerta sobre vacina

01/09/2018 07h40


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: CidadeVerde.comClique para ampliarRepórter Gorete Santos(Imagem:CidadeVerde.com)

A repórter Gorete Santos, da TV Cidade Verde, relatou as dificuldades que passou por toda a infância e adolescência e as consequências de ter contraído poliomielite com um ano de vida.

Para chamar a atenção sobre os perigos da doença e a necessidade de vacinação contra a paralisia infantil, Gorete decidiu contar em reportagem um pouco da sua história de vida comovente.

Desde que recebeu o diagnóstico, ela fez fisioterapia todos os dias de segunda a sexta, até os 16 anos de idade, mesmo quando chorava para não ir. Sua mãe nunca deixava ela faltar. Hoje, ela agradece a determinação da Dona Cândida Gomes, por ter lutado para que as sequelas fossem as menores possíveis.

“Eu via as outras crianças brincando e eu não tinha tempo pra brincar e eu pedia muito a minha mãe; eu não quero ir hoje pra clínica. [...] e ela chorava junto comigo, mas ela nunca deixou de me mandar um dia sequer, porque ela sabia que aquele choro evitaria um choro muito maior no futuro. E eu sou muito feliz por isso, pela determinação e amor que meus pais sempre dedicaram a mim e meu irmãos”, relatou Gorete.

Muito emocionada no vídeo, ela abraçou a mãe em agradecimento com um “eu te amo”, respondido com reciprocidade. Gorete também falou um pouco sobre as sequelas deixadas pela pólio e chamou a atenção para o perigo da doença. Depois que tomou a primeira dose com um ano e antes da data determinada para tomar a segunda dose, já começou a sentir os sintomas da doença dois meses depois de ter tomado a primeira.

“Eu tenho uma perna menor que a outra, cerca 1,5 cm e o pé também, por causa da minha poliomielite. E de diâmetro tem cerca de 8 cm de diferença, porque do quadril até o pé diferencia um pouco, uma coxa é maior e um panturrilha é menor. Eu não tenho a mesma força e mobilidade que tenho na outra perna”, contou como personagem do VT.

A mãe da repórter lembrou que ela tinha um ano dois meses quando adoeceu de uma febre e ficou muito fraca. “No mesmo dia que aconteceu, já tivemos que trazer para Teresina, porque era uma febre alta e não tinha gripe, não tinha infecção nem ferimento nenhum. Quatro meses se passaram mudando de médico e nenhum achava o que era. O seu membro inferior já estava atrofiado".


Importância da vacinação

Superadas as dificuldades, Gorete agredeceu por conseguir hoje ter uma vida “saudável, dentro da normalidade”, mas fez um apelo para que os pais ou responsáveis levem as crianças para se vacinarem, para que não precisem passar pelo que ela e sua familia passou.

Atualmente, há um alerta com possibilidade de um novo surto da doença no país e a campanha de vacinação foi prorrogada. Os dados são de baixa cobertura vacinal; o Piauí e mais outros 11 estados estão com baixos índices de vacina. No país, a cobertura total é de 72%, no Piauí, de 75% e em Teresina, apenas 59%.

Muitos pais acreditam que a vacina, ao invés de prevenir, pode prejudicar a criança, o que é uma inverdade absoluta, portanto, a Secretaria de Saúde do estado tem montado estratégias para aumentar as vacinações e avabar com as "fakenews" sobre os efeitos colaterais. Hérlon Guimarães, diretor da Undiade de Vigilância em Saúde da Sesapi, lembra que a vacina está nos postos durante todo o ano e não disponível somente durante a campanha de vacinação. Ele também lembrou que nao é preciso apenas uma dose, é preciso cumprir todo o ciclo vacinal.

“Nesse exato momento, há possibilidade desse certificado se erradicação ser retirado do Brasil, porque começamos a mostrar o vírus presente nas Américas, no Brasil e não queremos isso. Queremos que famílias procurem as salas de vacina”,
ressaltou Hérlon Guimarães.

Confira as últimas notícias sobre Piauí: florianonews.com/piaui
Siga @florianonews e curta o FlorianoNews