Sanatório Geral atrai 5 mil pessoas revivendo tradição das marchinhas

07/02/2016 09h30

Fonte G1 PI

O que começou apenas como uma alternativa para amigos que não puderam viajar no carnaval, cresceu e hoje atrai cerca de 5 mil foliões no primeiro dia de carnaval em Teresina. O bloco Sanatório Geral, que se reúne todo ano na Praça da Liberdade, no centro da capital, já tem sua marca registrada, sempre mantendo a tradição das marchinhas, frevos, e de uma festa alegre e descontraída para todas as idades.

O fundador do bloco, Arimatam Martins, conta que tudo surgiu como uma brincadeira, quando as festividades de carnaval em Teresina só começavam no domingo, e quem ficava na cidade não tinha opção para brincar no sábado. Com um trio tocando marchinhas tradicionais, o bloco mantém sua identidade como um bloco diferente. “Não queremos ser iguais, aqui é diferente. Tocamos músicas que não saem na grande mídia e não temos abadá, que é para não ficar todo mundo uniformizado. Fantasia cada um tem a sua”, conta.


É justamente esse ambiente diferenciado que atrai a advogada Rafaelle Vasconcelos, de 30 anos. Para ela, o Sanatório representa uma opção tranquila para se divertir e traz também um pouco de nostalgia de outros tempos. “É um ambiente mais família, lembra meus tempos de infância, quando a gente ia para aqueles bailinhos”, lembra.

No meio da brincadeira, algumas fantasias se destacam em relação às outras. É o caso da fantasia da bailarina Amanda Oliveira, que estava enrolada em duas toalhas, uma no corpo e uma na cabeça, assim como alguns de seus amigos. E a explicação para a escolha surpreende. “Estamos fantasiados de atrasados. Lembramos daquelas pessoas que quando a gente liga, dizem que já estão saindo de casa para encontrar a gente, mas na verdade ainda está saindo do banho”, explica.

O Sanatório se consagrou como evento de abertura do carnaval teresinense. Atraindo multidões, se tornou uma referência, como diz o turismólogo Rômulo Ramos, de 29 anos. “Nossa cidade é conhecida por não ter um carnaval tradicional, e aqui tem tradição. É algo que já engloba toda a cidade”, finaliza.

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