Sargento da PM é suspeito de fazer segurança de líder de facção criminosa no Norte do Piauí

10/04/2024 11h06

Fonte G1 PI

Um sargento da Polícia Militar do Piauí (PMPI), de 56 anos, é suspeito atuar na segurança de uma facção criminosa que atuava em Pedro II, 205 km ao Norte de Teresina, segundo o Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), da Polícia Civil do Piauí (PCPI).

Procurada, a PM não se manifestou até a publicação desta reportagem. A defesa do sargento Sousa, como é conhecido na corporação, não foi localizada pelo g1.

O policial militar Francisco Ferreira de Sousa Filho foi preso em flagrante, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua casa, no decorrer da Operação 104, deflagrada no último sábado (6).

"Ele é suspeito de fazer a segurança direta do líder da facção criminosa no município. Os dois foram presos. Além desses dois presos, mais cinco membros da célula também foram capturados", informou o delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, ao g1.

Na ocasião, o flagrante aconteceu porque foi encontrada uma motocicleta com sinais de adulteração em posse do sargento. Na segunda-feira (8), a prisão dele foi convertida em preventiva após audiência de custódia.

Segundo Charles Pessoa, a operação contou com o auxilio da diretoria de inteligência da PM, que forneceu todas informações necessárias para a ação.

Durante a audiência, o Ministério Público do Piauí (MPPI) pontuou que Francisco Ferreira é responsável pela segurança dos líderes da facção, além do repasse de informações sobre as instituições de Segurança Pública.

A defesa do policial, durante a audiência de custódia, informou que a motocicleta apreendida foi disponibilizada para que o PM usasse em 2006 após um processo judicial, tornando o suspeito fiel depositário do veículo.

O que diz a PM

Ao g1, o comandante de policiamento do litoral meio norte, coronel Erisvaldo Viana, informou que um processo adiministrativo foi instaurado em relação ao desvio de conduta por posse de um veículo adulterado.

Sobre a suspeita de integrar uma facção criminosa, o coronel Viana disse que as investigações seguem com a Polícia Civil e somente após a conclusão do inquérito a PM se pronunciará.

Operação Draco 104

A operação resultou em sete prisões e apreensão de armas de fogo, munições, drogas, aparelhos celulares, grande quantia em dinheiro e joias. Segundo o delegado Charles Pessoa, uma das armas apreendidas pertencia a outro policial militar e tinha registro de roubo e pertence.

Conforme o Draco, o principal alvo da operação era o homem tido como líder dessa organização criminosa, que foi preso em uma residência de alto padrão.

"Ele mora em um imóvel de luxo, com piscina, banheira de hidromassagem, além disso, possui veículos de luxo. Durante a abordagem, ele tentou arremessar uma arma para fora da residência. No entanto, já tínhamos conhecimento da existência da mesma", afirmou o delegado.

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