"Se confirmado, ele vai perder a farda", diz coronel
31/10/2017 08h22Fonte meionorte.com
Imagem: ReproduçãoCapitão é principal suspeito do caso.
Na manhã desta terça-feira (31/10), o delegado Francisco Costa, o Baretta, confirmou em que a jovem estudante de direito Camilla Pereira de Abreu, de 21 anos, que estava desaparecida desde a última quarta-feira (25/10), está morta.
O comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto, afirmou em entrevista ao Bom Dia Meio Norte, que caso seja comprovado a autoria do caso como sendo do capitão Alisson Watson, todos os procedimentos cabíveis serão tomados.
“Quem pune é a Justiça, no que diz respeito por ele ser um Policial Militar nós temos uma série de procedimentos que faremos de forma bem transparente para que todos acompanhem, até para dar exemplo para instituição. Mas o fato é que desde sábado que a gente acompanha o desaparecimento dessa jovem com muita dor, quem causa uma dor como essa não pode retornar as ruas tão cedo, seja quem for”, afirmou.
De acordo com ele, se confirmado a autoria será feito os encaminhamentos com base na legislação.
“A Polícia Militar costuma punir primeiro do que a Justiça comum, mas o fato é que o caso está entregue ao delegado Baretta, que eu não tenho dúvida que será esclarecido. O que podemos adiantar é que logo após ser identificado como autor do crime é aberto um processo na Justiça comum por homicídio e é aberto um conselho na polícia para exclusão deste elemento da Polícia Militar. Nos últimos casos que ocorreram esse tipo de crime todos foram restituídos da instituição, ele deve responder - se confirmado - na Justiça por júri popular ou outro meio que for esclarecido e na Polícia Militar responderá em um prazo rápido, que é 60 dias no máximo. É importante deixar claro que mesmo tendo mais de 10 anos de polícia em 60 dias ele pode perder a farda”, disse.
Ao ser indagado sobre algum corporativismo na instituição, o coronel foi claro:
“Pode ter absolutíssima certeza que isso não irá ocorrer, podem acompanhar. Um caso grave como esse não requer corporativismo, temos que cumprir a legislação, o que for determinado pelas leis vamos fazer de forma bem transparente”, finalizou.