Secretaria de Saúde do Piauà investiga 15 casos suspeitos de varÃola dos macacos
08/08/2022 14h58Fonte G1 PI
Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarSecretaria de Saúde do Piauí investiga 15 casos suspeitos de varíola dos macacos
A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), informou, na manhã desta segunda-feira (8), que investiga 15 casos suspeitos de varíola dos macacos, transmitida pelo vírus monkeypox. No estado, há um caso confirmado e quatro já foram descartados.
A coordenadora de epidemiologia da secretaria, Amélia Costa, informou que existem casos suspeitos em Parnaíba, Teresina, União, Esperantina, Cocal, Itaueira, Barras e Batalha. Das 15 pessoas com suspeita da doença, duas delas estão internadas, uma de Parnaíba e outra de Teresina.
“São municípios centralizados na região Norte do Estado. É preciso que fique em alerta as vigilâncias porque a gente tem que fazer uma investigação muito criteriosa em relação a diagnosticar uma suspeita de monkeypox porque, além do diagnóstico clínico, você também tem que fazer uma indicação laboratorial porque os casos só poderão ser encerrados, até o momento, com diagnóstico laboratorial”, declarou Amélia.
Em Parnaíba, há três casos em investigação. A secretária de saúde do município, Leidiane Pio, informou que um homem de 60 anos está internado no Hospital Nossa Senhora de Fátima, onde evolui positivamente. Outro, de 31 anos, está em tratamento domiciliar e passa bem.
As amostras desses dois pacientes foram enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen), que encaminhou os exames para a Fundação Ezequiel Dias, em Minas Gerais, onde serão analisadas.
Em entrevista à TV Clube, a secretária destacou que, a partir desta segunda (8), a terceira pessoa com a suspeita de varíola dos macacos será monitorada por equipes de vigilância em saúde.
“Ontem (domingo) tivemos a comunicação através da Vigilância de Epidemiologia do município que mais um caso está sendo investigado. Foi suspeito, então prontamente foi notificado, investigado e, a partir de hoje, começa o monitoramento. A partir de hoje, a equipe de epidemiologia já inicia com protocolo, fazendo monitoramento e também entrando em contato pra fazer a coleta desse material", contou Leidiane.
Pacientes com suspeita de varíola dos macacos precisam passar por três exames: de sangue, da coleta de pus ou líquido das bolhas formadas e da crosta da bolha na pele.
O Laboratório Central do Piauí (Lacen-PI) é responsável pelo diagnóstico da sífilis ou herpes pelo sangue. Depois, amostras da pústula e crosta são encaminhadas para diagnóstico fora do estado.
Um caso confirmado no Piauí
Na última quinta-feira (4), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos no Piauí. O paciente é um homem de 46 anos, de Batalha, que teve contato com pessoas que estiveram fora do Brasil e apresentou os sintomas em 3 de julho. Ele cumpriu isolamento de 21 dias, já está recuperado dos sintomas e não teve sequelas.
O superintendente de atenção à saúde da Sesapi, Herlon Guimarães, garantiu que as outras pessoas da cidade com as quais o paciente teve contato já foram visitadas e não apresentaram qualquer sintoma. Ele orientou as pessoas para que, a qualquer sintoma, uma unidade de saúde seja procurada.
O g1 solicitou à Sesapi dados atualizados sobre casos suspeitos de varíola dos macacos em todo o estado, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Sintomas
A varíola dos macacos é transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesões de pele, as secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada. O vírus ainda pode ser passado de mãe para filho durante a gestação, através da placenta.
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o período de incubação (o tempo entre o vírus invadir as células e o aparecimento dos primeiros sintomas) costuma variar de 6 a 13 dias, mas pode chegar até a 21 dias. A partir do início dos sintomas, a infecção pode ser dividida em dois momentos.
Primeiro, acontece o período de invasão, que dura até 5 dias. Neste momento, o paciente pode apresentar:
- Febre;
- Dor de cabeça forte;
- Inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como "íngua");
- Dor nas costas;
- Dores musculares;
- Falta de energia intensa.
Terminado o período de invasão, começa a segunda etapa, que é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas cutâneas surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre.
As feridas costumam se concentrar no rosto, nas extremidades do corpo, como a palma das mãos e na sola dos pés, na mucosa da boca, na genitália e nos olhos.