Secretarias de saúde de cidades do Piauí relatam falta de medicamentos básicos, informa Conselho

20/07/2022 08h02


Fonte G1 PI

Vários medicamentos básicos estão em falta ou em baixo estoque nas secretarias de saúde de cidades do Piauí, segundo um levantamento do Conselho de Secretarias Municipais do Piauí (Cosems). Ao todo, 216 das 224 cidades relataram dificuldades para adquirir os seguintes medicamentos:
  • Amoxicilina (antibiótico): em falta em 139 cidades;
  • Azitromicina (antibiótico): em falta em 55 cidades;
  • Dipirona (anti-inflamatório): em falta em 175 cidades;
  • Prednisolona (anti-inflamatório): em falta em 55 cidades;
  • Ambroxol (expectorante): em falta em 48 cidades;
O levantamento considerou os estoques de medicamentos até o mês de junho. De acordo com a vice-presidente do Cosems, a secretária Leopoldina Cipriano, as fábricas têm relatado falta de matéria-prima para produzir os medicamentos. Assim, prefeituras de todo o Brasil, além de estabelecimentos de saúde privados, têm tido dificuldade em consegui-los.

Segundo Leopoldina, a escassez acontece por causa do aumento do uso desses medicamentos, por conta das ondas de gripe, dengue e síndromes respiratórias.

"O que a gente tem visto é que quando há aumento do uso de um medicamento, há a falta. Durante a pandemia por exemplo faltou máscara, luvas, álcool. São justamente esses medicamentos que a gente mais usa que estão em falta", explicou.

Assim, os fornecedores de medicamentos têm fracionado as encomendas solicitadas pelas secretarias municipais de saúde para tentar atender a todos.

"Por exemplo: semana passada pedi 6 mil dipironas injetáveis. O fornecedor disse que não poderia entregar a encomenda, e enviaria 500 unidades, porque precisava dividir com outros 12 municípios",
contou Leopoldina.

A falta dos medicamentos tem feito com que cirurgias eletivas, aquelas que não têm urgência para serem feitas, sejam remarcadas nos hospitais pelo interior do estado.

Em busca de alternativas, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) tem pedido ao Ministério da Saúde que entre em contato com os produtores de outros países. "A gente não se incomoda em pagar", disse Leopoldina.

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