Secretário de segurança do Piauí oficia MPPI a identificar profissional de saúde ameaçado por facção

08/08/2023 15h54


Fonte G1 PI

Imagem: Ilanna Serena/g1Secretário de segurança do Piauí, Chico Lucas.(Imagem:Ilanna Serena/g1)Secretário de segurança do Piauí, Chico Lucas.

Em entrevista à TV Clube, nesta terça-feira (8), o secretário de segurança pública do Piauí, Chico Lucas, afirmou que já oficiou o Ministério Público do Piauí a identificar o funcionário ameaçado por facção criminosa. Segundo o secretário, o MP também tem autoridade de investigar o caso, não só a Polícia Civil, já que nenhuma denuncia formal foi oficializada.

"Quem cuida da guarda patrimonial e segurança das unidades hospitalares da cidade é a Guarda Municipal de Teresina. Nós somos responsáveis pelo policiamento, assim como a Polícia Militar. Agora se um evento violento acontecer, peço que comuniquem a Polícia Civil, comuniquem as autoridades policias que nós vamos tomar as providências"
, afirma.

Como exemplo de ação efetiva, o secretário citou a operação DRACO-53 que prendeu os suspeitos de atentarem contra uma equipe do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enquanto estavam em atendimento em Teresina.

Segundo o promotor de Justiça Eny Pontes, o profissional de saúde não denunciou o caso à polícia por medo de represálias.

"A gente encara com muita seriedade essa denúncia, nós só queríamos que ele indicasse o profissional ou o paciente que deixou de ser atendido. E o que a gente pede é que ele, como promotor, também atue, se ele tomou conhecimento de um fato criminoso, eu quero saber se ele instaurou inquérito e se ele encaminhou para o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do ministério público", finalizou Chico Lucas.

O caso

Na segunda-feira (7), o promotor Eny Pontes revelou que um profissional de saúde de Teresina relatou que foi proibido, por pessoas de uma facção criminosa, de atender membros de uma facção rival. O caso foi divulgado durante audiência sobre a insegurança em unidades de saúde da capital.

"É muito grave o que ela contou. Ela não teve segurança de fazer registro. Ela só pode atender, numa ubs, pacientes que sejam ligados à facção que domina a região",
disse o promotor de Justiça.

Segundo o promotor, a profissional de saúde não denunciou o caso à polícia por medo de represálias. Pontes não especificou onde ou quando aconteceu a ameaça, apenas que foi em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Teresina.

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