Sem medicamento no Piauí, órgãos de babá baleada em tiroteio serão transplantados em outro estado

09/08/2022 09h36


Fonte Portal ClubeNews

Por falta de medicamento no Hospital Getúlio Vargas (HGV), os rins da Juliana Silva, que morreu nove dias após ser atingida por disparo de arma de fogo na cabeça, foram transferidos para transplante em outro estado. O hospital está sem o Simulect, utilizado em pacientes que vão realizar transplante de rim. Ele é indicado na profilaxia da rejeição aguda de órgãos em transplante renal de novo, em adultos e pacientes pediátricos.

Juliana é a terceira vítima a não resistir aos ferimentos provocados durante um tiroteio envolvendo uma discussão familiar, dentro de uma casa no bairro São Pedro, na zona Sul de Teresina, que também vitimou os cunhados Daniel Flauberth Gomes Nunes Leal e Felipe Guimarães Martins Holanda.

A família de Juliana, após receber a notícia da morte, decidiu pela doação dos seus órgãos. À TV Clube, chegou a denúncia de que os rins não foram transplantados em um paciente piauiense porque o HGV está sem a medicação necessária para o transplante desse órgão. No Piauí, apenas o transplante da córnea será realizado.

A Central de Transplantes do Estado do Piauí informou que a responsabilidade pela aquisição dos insumos é do estabelecimento credenciado, no caso o HGV.

Procurada pela produção da TV Clube, a Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH) esclareceu que está com dificuldade de encontrar no mercado o medicamento Simulect, utilizado em pacientes que vão realizar transplante de rim. Atualmente, apenas uma distribuidora no estado fornece esse medicamento.

Diante da urgência do caso, a instituição está buscando um medicamento similar em Curitiba (PR). A FEPISERH ressaltou que já foi realizado uma dispensa de três meses para que a substância similar possa substituir o remédio estiver em falta.


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