Servidores de diversos órgãos do PI recebem notificação de demissão

05/04/2016 09h35


Fonte G1 PI

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarFuncionários vivem clima de incerteza após receberem carta de demissão.(Imagem:Reprodução)Funcionários vivem clima de incerteza após receberem carta de demissão.

Uma série de demissões anunciadas pelo governo do Piauí em alguns órgãos vem causando incertezas entre os servidores. No Hospital Justino Luz, em Picos, os funcionários não aceitam a decisão e realizaram uma manifestação em frente a unidade.

No hospital, cerca de 40 servidores receberam o comunicado de que seriam demitidos. Uma funcionária da unidade, que é concursada, contou que estava em casa quando recebeu uma ligação para receber a carta de demissão no departamento pessoal.

"Quando cheguei lá, vi várias pessoas chorando porque também perderam o seu emprego. Só soube da demissão de outras 40 funcionários quando fui receber minha carta de demissão", relatou.

Há 90 dias a gestão do hospital foi transferida para uma organização social. Depois disso, o governo do estado afirma que ocorreu uma elevação de cerca de 30% do nível de satisfação e quantidade de pacientes atendidos. Além disso, garantiu que os funcionários não serão demitidos.

"Ninguém foi demitido no Hospital de Picos. Se for concursado, o funcionário permanece no quadro do estado e só é realocado para outro posto. No caso de terceirizado, se não prestar o serviço adequadamente será demitido",
declarou a superintendente de Parcerias e Concessões do governo, Viviane Moura.

Por outro lado, o Ministério Público do Trabalho questiona a contratação da organização social para administrar o hospital. "O Ministério Público em posse desta informação entrou com uma medida judicial, porque não concorda com esta transferência da atividade essencial para uma OS, que deveria ser contratada em caráter complementar", pontou o procurador do trabalho José Heraldo de Sousa.

Clima de temor em outro órgão do governo do estado, que nunca prestou concurso público. Na TV Rádio Antares, a direção da emissora anunciou durante reunião no dia 1º de abril que 30% dos funcionários devem ser demitidos, o que seria 88 pessoas.

Um funcionário, que prefere não ser identificado, conta como aconteceu. "Todo mundo recebeu com muita surpresa, porque apesar de que as pessoas sabiam que o contrato acabaria, achavamos que tudo seria resolvido. O clima agora é de absoluta incerteza. Ninguém sabe de nada, quem fica ou sai", disse.

Nota
A Secretaria de Comunicação do governo do estado informou que não houve demissões dos prestadores de serviço da Fundação Antares. Ela informou ainda que o contrato entre a TV Antares e a Organização Social, responsável por gerenciar as contratações da emissora, vai vencer em breve e como já houve outras renovações, o contrato está impedido de ser renovado mais uma vez.

Na nota, a Secretaria informou também que a diretoria da fundação está empenhada em buscar outra solução para o problema.

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