Sindicância é aberta para investigar morte de porcos por asfixia na UFPI
03/09/2015 08h07Fonte G1 PI
A morte de 15 porcos asfixiados está sendo investigada na Universidade Federal do Piauí (UFPI). Para apurar o caso ocorrido esta semana, o diretor do Centro de Ciências Agrárias da instituição, Willams Neves, criou uma Comissão de Sindicância e os responsáveis podem ser punidos.Os porcos eram cria de animais utilizados em estudos ou que já tinham participado de pesquisa do Centro de Ciências da Agronomia. Eles foram retirados das baias do departamento de suinocultura da UFPI na terça-feira (1º) e transportados dentro de um caminhão baú, mas morreram antes de chegar no abatedouro externo do campus.
Imagem: Reprodução
A denúncia é que os animais mortos foram levados para o aterro sanitário de Teresina. Segundo o tratador dos porcos, Adriano Cardoso, é a primeira vez que fato acontece na universidade.
"Eu recebi ordens para entregar os animais para o abate. Não sei de quem é o caminhão baú que fez o transporte. Os porcos seriam abatidos na terça e a carne entregue na quarta-feira no restaurante. Nunca tinha visto o procedimento ser feito fora do campus", comentou.
Para o presidente do Centro de Agronomia e Veterinária da UFPI, Paulo Borges, as mortes aconteceram por conta do tipo de veículo utilizado. "Foi pedido um caminhão de grade, mas quando veio foi um de baú. Colocamos os animais dentro, mas por conta deles serem sensíveis a alta temperatura e o estresse no percurso houve o falecimento destes suínos", relatou.
O diretor do Centro de Ciências Agrárias, Willams Neves, explicou que cada animal é considerado patrimônio da universidade e para retirada de qualquer um deles é necessária a discussão e depois a aprovação em três instâncias. A primeira em assembleia departamental, depois no conselho e por último no conselho de administração.
Willams Neves revelou que as etapas não foram cumpridas. Ao tomar conhecimento do caso, ele formou uma Comissão de Sindicância para investigar as irregularidades e caso sejam confirmadas, os autores devem ser punidos.
"Confirmado o fato, as pessoas envolvidas nestas irregularidades poderão sofrer advertência, suspensão de 30 dias ou instalado um processo administrativo disciplinar com até possível demissão da função", disse.
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