Sindicato denuncia superlotação, sujeira e falta de UTI em hospital de Picos
05/04/2017 07h24Fonte G1 PI
Falta de limpeza, filas intermináveis para atendimento e pacientes em corredores distribuídos em macas e cadeiras correndo risco de infecções. Essas foram algumas das irregularidades flagradas pelo Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) durante vistoria no fim de semana no Hospital Regional Justino Luz em Picos, Sul do estado.Para o presidente do Simepi, Samuel Rêgo, o Hospital Regional não oferece o mínimo necessário de infraestrutura para a população da cidade e região. A unidade de saúde atende por mês uma média de 500 pacientes de Picos e mais 42 municípios e mesmo assim não tem nenhum leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Imagem: Divulgação / Simepi Recepção do Hospital Justino Luz lotada e com obras.
"Os médicos trabalham sobrecarregados por conta da grande demanda, a quantidade de leitos nas enfermarias é insuficiente, muita sujeira no local e os pacientes são colocados em situações degradantes. A falta de estrutura do hospital é outro problema enfrentado pelos profissionais, que são treinados para salvar vidas, mas isso se torna impossível, tudo impacta negativamente na vida dele", declarou Samuel Rêgo.
De acordo com o sindicato, o hospital passou por uma obra de ampliação e construção de novos leitos e UTI, mas após construídos foram abandonados, servindo para depósito de materiais e equipamentos. O espaço também já apresenta infiltrações, paredes com rachaduras e vidros quebrados.
"Mesmo sem concluir a reforma, a direção iniciou novas obras que vêm causando desconforto entre os pacientes e funcionários. O que acontece no Hospital Justino Luz é um descaso do poder público e dos gestores, que alegam não ter médicos se na verdade falta estrutura adequada. Os profissionais estão lá, trabalhando em plantões exaustivos, com salários atrasados e máquinas defasadas", completou o presidente.
Imagem: Divulgação / SimepiSem leitos, pacientes ficam nos corredores e com risco de infecções.
O resultado da vistoria servirá para a elaboração de um relatório, que deve ser entregue na Secretaria de Saúde do Estado (Sesapi) e Ministério Público. O Simepi também irá cobrar ao governo soluções para as irregularidades.
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