Sinpoljuspi chama suspensão de agentes de "midiática e precipitada"

08/10/2017 08h20


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarJosé Roberto, presidente da Sinpoljuspi(Imagem:Cidadeverde.com)

O Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi) divulgou uma nota de repúdio, após a notícia de afastamento de 12 agentes da Colônia Agrícola Major César Oliveira. O presidente da entidade, José Roberto, chama a ação da Secretaria de Justiça de “midiática e precipitada”.

O repúdio aconteceu após a Sejus enviar nota a imprensa, na manhã de ontem (07), dizendo que os 11 agentes de plantão, mais um divulgou as imagens do garoto de 13 anos encontrado debaixo da cama de uma cela, haviam sido afastados após investigações preliminares de uma sindicância.

Para José Roberto, o afastamento é “ilegal e abusivo” e ainda diz que a culpa não é dos agentes. Destaca ainda que a decisão foi dada primeira à imprensa, sem notificar os envolvidos.

“Tal arbitrariedade deixa clarivendente o interesse da Sejus em tentar camuflar a sua própria culpa e do Estado pelo ocorrido. O açodamento em punir os agentes antecipadamente, visando atender os interesses midiáticos e esconder a responsabilidade exclusiva do Estado, revela-se pela divulgação precipitada na imprensa do malfadado afastamento dos agentes plantonistas, antes mesmo de notifica-los, ferindo o princípio da sigilosidade da sindicância, além de expor e macular a imagem e honra de homens e mulheres que in casu são tão vítimas quanto o menor”, afirma o presidente do Sinpoljuspi.

José Roberto se solidariza com os colegas de farda e confirma que o sindicato adotará medidas administrativas e judiciais cabíveis. Para finalizar, ele diz que o ato demonstra “ingerência e descompromisso” com o sistema prisional que vive uma “crise generalizada”.

O caso do menino de 13 anos aconteceu dia 1º de outubro. Ele foi achado por agentes penitenciários em um cômodo, no setor onde ficam os condenados e suspeitos de estupros. O garoto foi deixado pelos pais que supostamente também trabalhavam na horta e na carvoaria do local. O pai foi preso e o menino está sob a guarda de parentes, junto com seus irmãos.

Indicativo de greve

Sobre uma possível paralisação da categoria por conta do fato, o presidente do Sinpoljuspi disse que o sindicato está analisando a possibilidade. "Desta vez, caso ocorra a greve, não será por salários, mas sim por sobrevivência. A nossa luta vai ser para gente sobreviver em quanto categoria. Não aceitaremos ser exterminado pelo secretário".

NOTA DE REPÚDIO

O Sinpoljuspi vem a público repudiar o ato abusivo do secretário de Justiça que afastou ilegalmente os agentes plantonistas da camco no caso do menino encontrado na cela de um detento.

Tal arbitrariedade deixa clarivendente o interesse da Sejus em tentar camuflar a sua própria culpa e do Estado pelo ocorrido.

O açodamento em punir os agentes antecipadamente, visando atender os interesses midiáticos e esconder a responsabilidade exclusiva do Estado, revela-se pela divulgação precipitada na imprensa do malfadado afastamento dos agentes plantonistas, antes mesmo de notifica-los, ferindo o princípio da sigilosidade da sindicância, além de expor e macular a imagem e honra de homens e mulheres que in casu são tão vítimas quanto o menor

Tal ato demonstra também a ingerência e descompromisso com sistema prisional do nosso Piauí, que vive uma crise generalizada sem precedentes em sua história.

Por fim, ao tempo que solidarizamos com nossos colegas de fardas, estaremos adotando as medidas administrativas e judiciais cabíveis.


José Roberto-diretor presidente do Sinpoljuspi.