Sinte entra com ação no TJ para barrar desconto de servidores

30/06/2016 07h14


Fonte Cidade Verde

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte-PI) entrou com uma ação nesta quarta-feira (29), no Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), para sustar o desconto de 40% por um dia trabalhado realizado pelo governo estadual no contracheque dos servidores. O valor arrecadado, cerca de R$ 1.2 milhão, será destinado à Confederação Brasileira dos Servidores Públicos, que venceu o Piauí em uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

"Estamos vendo com muita preocupação, com muita indignação, já que é uma situação gravíssima. Essa confederação de fachada que ninguém sabe nem qual é o endereço, que não tem nenhuma luta na defesa da classe trabalhadora, principalmente da educação, resolver fazer o desconto de 40% de um dia trabalhado dos servidores da educação ou melhor dizendo, de todos os servidores deste Estado",
disse Odeni Silva à TV Cidade Verde, presidente do Sinte.

Segundo a presidente, a ação pede que o desconto seja cancelado e o dinheiro devolvido. "Queremos bloquear esse desconto no contracheque de todos os servidores. Quem entrou 2016 e deveria ter descontado apenas 5%, segundo a decisão judicial, foi feito desconto de 40%. Estamos recorrendo para que haja o retorno do que foi retirado indevidamente", declarou.

O secretário de administração, Franzé Silva, disse que as entidades devem questionar a legitimidade da Confederação, mas que o governo tem que cumprir a decisão judicial.

"A PGE já é parte deste processo buscando uma forma de proteger os servidores. Chegamos ao Superior Tribunal de Justiça com a decisão de fazer o desconto. Nós, no dia 17, ao sermos notificados pela procuradoria, encaminhados oficio circular para todos os gestores e que informassem todos os servidores, além das entidades, alertando que o Estado teria que cumprir essa decisão judicial",
explicou, ressaltando a decisão judicial.

"Entendo como a professora Odeni que é preciso questionar a legalidade desta entidade. Não conhecemos essa confederação, mas tivemos que fazer o desconto. Tem que ser questionado judicialmente. Temos que obedecer as decisões judiciais",
declarou.

Franzé destacou ainda que o desconto feito inicialmente no contracheque dos policiais militares vai ser devolvido. "Os policiais militares não entram neste desconto, iremos restituir subsequente", finalizou.

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