STJ manda soltar defensor público suspeito de cobrar propina no Piauí

23/02/2015 08h33


Fonte G1 PI

Imagem: Adinardi PintoClique para ampliarAdriano Moreti(Imagem:Adinardi Pinto)Adriano Moreti

O ministro do Supremo Tribunal de Justiça Jorge Mussi concedeu neste domingo (22) um habeas corpus para soltura do defensor público Adriano Moreti, preso no dia 19 suspeito de cobrar propina para atuar como advogado para pessoas que procuravam a Defensoria Pública na cidade de União, a 54 km de Teresina. A decisão está publicada no site do STJ. “Estamos aguardando a comunicação oficial dessa decisão. Existe a possibilidade de ainda hoje ele ser solto”, disse o advogado do suspeito, Jurandir Porto.

Segundo o delegado Kleydson Ferreira, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), pelo menos três vítimas foram lesadas pelo defensor que chegava a cobrar até R$ 5 mil por cada ação. Adriano Moreti alegou inocência e afirmou que quem cobrava dinheiro pelos serviços da defensoria era sua secretária, que admitiu o crime de corrupção, mas não está presa porque está cooperando com as investigações.

No dia da prisão, Jurandir Porto afirmou que seu cliente é inocente e que sua prisão foi um erro. “O decreto de prisão foi um equívoco. Os motivos alegados no decreto não se sustentam. O próximo passo vai ser provar sua inocência”, afirmou ao G1.

Para o delegado Kleydson Ferreira, existem provas concretas (extratos bancários, documentos e depoimentos das vítimas) contra Adriano Moreti. “Além das duas vítimas lesadas no ano passado, chegou ao conhecimento da Polícia uma terceira vítima. Cada solicitação de entrada em ações pela defensoria pública, ele cobrava uma quantia em dinheiro no valor de até R$ 5 mil. O que é considerado crime de corrupção, por cobrar propina por um serviço público", contou.

Entenda o caso
A Polícia Civil investiga o defensor público Adriano Moreti desde julho de 2014, quando duas pessoas denunciaram que o servidor estava cobrando para atuar como advogado em seus processos. O suspeito foi preso no dia 19 a pedido da polícia, já que ele continuava a desempenhar suas funções normalmente na cidade de União, a 54 de km de Teresina.

“O defensor poderia estar lesando outras vítimas em conluio com a secretária que também foi indiciada, mas não foi presa por ter confessado participação no crime”,
disse o delegado Carlos César.

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