Suspeito de matar homem com taco de sinuca durante briga em bar é liberado após depoimento

15/12/2020 14h39


Fonte G1 PI

O suspeito de matar João Batista da Silva, 48 anos, com um taco de sinuca durante uma briga em um bar na zona rural de Luís Correia, Litoral do Piauí, foi liberado após prestar depoimento na segunda-feira (14). De acordo com o delegado de Polícia Civil Maikon Kaestner, o homem conduzido pela Polícia Militar (PM) fora do período do flagrante. O crime aconteceu na noite de sábado (12).

É considerado flagrante, segundo a lei, o período entre o cometimento do crime e a perseguição pela polícia. Se a perseguição não ocorre de forma ininterrupta, após um tempo após o crime, o flagrante deixa de existir.

"Havia passado mais de 24 horas do flagrante e a PM não estava em ato contínuo [para configurar flagrante]. Eles visualizaram ele e o detiveram. Ao trazer para a delegacia, como não estava na situação de flagrante, ele foi ouvido e liberado", informou o delegado.

Segundo Maikon Kaestner, também não há, até o momento, mandado de prisão preventiva contra o suspeito. O delegado informou ainda que, inicialmente, caso não apareça nenhum requisito para a prisão preventiva, o suspeito deve responder pelo crime em liberdade.

O depoimento
De acordo com o delegado, em depoimento o homem contou que estava jogando com a vítima, que segundo ele estava embriagada e ele não.

"Ainda estamos investigando e vamos ouvir testemunhas. Mas ele disse que eles tiveram discussão de um jogo de sinuca, que a bola teria pegado na dele, tira a bola, não tira, começaram a discutir, se xingaram e ele tava com o taco na mão e bateu na cabela da vítima", disse Maikon Kaestner.

O homem contou ainda que a vítima começou a sangrar um pouco e ficar tonta. "Ele disse que tentou socorrer, que se ele estivesse mal levaria ele para o hospital. Mas o homem foi para casa e momentos depois acabou morrendo", afirmou o delegado.

De acordo com Kaestner, se a história do suspeito for confirmada ele deverá ser indiciado por lesão corporal seguida de morte e não por homicídio.

Tópicos: homem, crime, suspeito