Terceirizados ameaçam entrar em greve por falta de pagamento

30/08/2018 07h40


Fonte CidadeVerde.com

Os terceirizados ameaçam entrar em greve se o pagamento dos salários não for regularizado. Em alguns órgãos públicos do Piauí, os trabalhados não receberam o pagamento de julho. O secretário estadual de administração, Ricardo Pontes, ressaltou que o repasse do governo às empresas está ocorrendo - algumas vezes com atraso, mas garante que a folha de pagamento é prioridade.

“Muitos trabalhadores estão com salário atrasado. Hoje fizemos uma assembleia para deliberar pela greve. Não é só pagar o salário atrasado, mas também fazer o pagamento em dias. E também tem a questão das férias, do INSS/FGTS. Tem trabalhador com férias atrasadas”,
disse o representante da categoria, Luciano Rodrigues.

Rodrigues lamentou o ocorrido e desabafou: “você acha justo seu filho pedir por comida, e você então dizer para ele esperar por mais 15 dias (esperando o pagamento cair)? Os nossos filhos querem comer é agora, não daqui a 15 dias”, declarou.

O secretário Ricardo Pontes relatou que alguns órgãos estão realizando o pagamento de junho, e em outras iniciando ou finalizando o mês de julho (que vence no dia 31 de agosto).

Sobre as férias e os outros benefícios, o secretário afirmou que os valores já estão inclusos na planilha de custos.

“Há o atraso de pagamento. Existem empresas que só pagam os terceirizados quando a gente faz o repasse, outras só pagam um, dois dias depois. A compensação ocorre em 60 dias. Estamos fazendo a nossa parte na programação de efetuar os pagamentos. A nossa contratação é direta com a empresa, e não com os terceirizados”,
explicou o secretário, acrescentando que a responsabilidade do pagamento dos terceirizados é da empresa, que poderia ter meios de garantir o pagamento em dias, e não esperar todo o tramite do repasse.

Pontes reforçou que a prioridade do Governo do Estado é a folha de pagamento dos servidores, e aqui inclui os terceirizados. É preciso fazer escolhas de investimento para que não interfira no vencimento dos trabalhadores.

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