Terceirizados do estado denunciam salários atrasados na Potycabana

28/09/2016 23h43


Fonte G1 PI

Obras paradas, concursados aguardando serem convocados e a palavra no Estado é uma só: crise. Essa situação financeira grave a que chegou o Estado tem feito o governo cortar drasticamente os investimentos. Os recursos que iriam pra áreas importantes, como saúde e segurança, agora estão sendo deslocados para a folha de pagamento e os reflexos disso já são sentidos, também, pelos prestadores de serviço. Tem terceirizado com dificuldades para receber o salário.

A denúncia é de um trabalhador, que prefere não ser identificado, os 45 funcionários que atuam no Parque Potycabana, em Teresina, estariam com os salários atrasados e sem condições adequadas para trabalhar. “Os funcionários que não são fardados eles não tem uma característica que é funcionário e os seguranças que a gente chama de fiscais operacionais não tem farda, pois a que tem ainda é da gestão passada e não tem estrutura para trabalhar. Hoje pouco se usa o banheiro, pois não tem condições e falta tudo”, relatou.

Ainda se acordo com o trabalhador, teve uma mudança na empresa que cuidava da manutenção, limpeza e segurança do parque há cerca de cinco meses e até hoje os funcionários estariam sem carteira assinada. “De abril até hoje (28) nenhuma das carteiras foi assinada. Na atual gestão ela prioriza mais a ela mesma, não pensa nos funcionários que lá estão, pois eles já recebem com 10, 12 e já chegou até 17 dias de atraso”, contou.

A Potycabana é só um exemplo das consequências da crise financeira que o governo do Piauí enfrenta. As quedas sucessivas no fundo de participação do Estado, principal fonte de receita, ligaram a luz vermelha. O esforço no momento é para evitar atraso de salário dos servidores.

Entre as medidas já anunciadas pelo Governo do Estado para enfrentar a crise está o deslocamento de recursos de investimento para pagamento de pessoal e a suspenção de qualquer reajuste salarial nos próximos meses. Na semana passada, em um encontro em Brasília com o presidente da República Michel Temer, 20 governadores, entre eles o do Piauí, solicitaram a liberação de recursos para manter a máquina em funcionamento, mas até agora ainda não houve retorno do Governo Federal.

Para o professor da Universidade Federal, mestre em economia Samuel Costa Filho a já anunciada diminuição dos gastos públicos pode piorar a situação. “Em um momento de crise o Estado precisa gastar para tirar a economia da crise, é o contrário. E segundo, o nosso estado precisa é criar infraestrutura e desenvolvimento e crescimento econômico e não existe país do mundo atrasado que tenha processo de crescimento sem a ajuda do Estado”, disse o economista.

Ninguém do Governo se pronunciou sobre os problemas.

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