Testemunha diz que vÃtima de estupro coletivo estava desacordada na cama
16/06/2016 08h00Fonte G1 PI
Imagem: Patrícia Andrade/G1Estupro coletivo é investigado pela delegacia regional de Campo Maior, no Piauí.
A Polícia Civil do Piauí ouviu nesta quarta-feira (15) três testemunhas sobre o caso do estupro coletivo que ocorreu em Sigefredo Pacheco. De acordo com o delegado Laércio Evangelista, duas amigas da vítima que estiveram com ela na festa na noite do crime e o dono do bar onde os suspeitos bebiam prestaram depoimento.
Uma das moças revelou que dois, dos quatro rapazes que aparecem no vídeo compartilhado pelo WhatsApp, levaram a vítima para casa desacordada e chegaram a dar banho nela. A amiga, que mora com a mulher abusada, revelou que ficou com um dos rapazes, mas não soube dizer se o outro homem que estava na residência abusou da moça e nem quem fez vídeos e as fotos.
Uma das imagens a qual a polícia teve acesso mostra a moça visivelmente sem reação, deitada na cama com o vestido levantado e as partes íntimas à mostra. Na foto, um homem seminu aparece sentado próximo a ela.
Imagem: Patrícia Andrade/G1Clique para ampliarDelegado Laércio investiga o estupro coletivo em Sigifredo Pacheco.
"Essa amiga estava junto com a vítima na festa, mas foi para casa antes de moto porque, segundo ela, a moça estava desacordada e os rapazes se ofereceram para levá-la para casa de carro. Ela diz que a moça estava desacordada na cama. Supomos que o vídeo tenha sido feito no caminho da festa para a casa, mas as investigações estão no início. Ainda temos mais depoimentos para ouvir", falou o delegado Lércio.
A outra amiga, uma adolescente que prestou depoimento acompanhada da mãe, relatou que esteve com a vítima na festa, mas não foi para casa com ela porque estava com o namorado e foram embora juntos.
A Polícia Civil já intimou quatro rapazes suspeitos de participação no estupro e divulgação das imagens e eles são aguardados para prestar depoimento nesta quinta-feira (16) na Delegacia Regional de Campo Maior.
Na noite de terça-feira (14), por quase três horas, a vítima de 21 anos prestou depoimento à delegada do Núcleo de Feminicídio do Piauí, Anamelka Cadena, na sede da Delegacia Geral, Centro de Teresina.
A delegada esclarece que o crime de estupro é configurado por ato sexual e/ou libidinoso sem o consenso da vítima. "Para existir estupro não precisa ter havido conjunção carnal. O ato libidinoso sem a autorização da pessoa é crime. No caso, a jovem está desacordada e não tem discernimento sobre o que está acontecendo, ou seja, o consentimento está comprometido", explica
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