Travesti baleada no Corso tem hidrocefalia e passa por nova cirurgia no HUT

24/03/2016 09h05


Fonte Cidadeverde.com

A jovem Pâmella Beatriz Leão, de 23 anos, atingida com um disparo durante o Corso de Teresina passou por uma nova cirurgia esta semana após ter uma hidrocefalia detectada. Ela já havia deixado a UTI do Hospital de Urgência de Teresina e sido transferida para a Unidade de Tratamento Intermediário.

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarPâmella Beatriz Leão(Imagem:Cidadeverde.com)

Após ter a pequena quantidade de líquido no cérebro detectado ela foi submetida ao procedimento cirúrgico mas passa bem. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, Pâmela está em repouso pós cirurgia e interage com os profissionais da equipe.

Ela está acordada, porém sonolenta e já se alimenta sem sonda. Pâmela fala e já consegue responder algumas perguntas e sua evolução segundo os médicos tem sido rápida. Ainda não há previsão de quando a travesti deve deixar o hospital.


Investigação


A Polícia ainda aguarda a recuperação de Pâmella para colher o depoimento da jovem. A arma do crime, uma pistola ponto 40, já foi identificada. O suspeito de ser proprietário da arma é um policial, que já foi ouvido pela polícia e estava de plantão no evento. No depoimento, o policial alegou que foi trabalhar sem a arma porque teria sido furtada da sua casa no dia do evento, mas não comunicou ao superior e nem registrou Boletim de Ocorrência.

Além do policial suspeito de ser o proprietário da arma, outras testemunhas já prestaram depoimento.

Uma amiga da Pâmella, de 17 anos, é a principal suspeita do disparo. Ela alega que o tiro foi acidental. Em depoimento, a adolescente disse o grupo de amigas, que ela e Pâmela fazem parte, estavam dançando a música “Paredão Metralhadora”. A adolescente estava com a arma na mão quando o disparo acidental ocorreu.

Na época do depoimento, Canabrava concedeu entrevista ao cidadeverde.com, no dia 02 de fevereiro, com as seguintes declarações: “ela diz que uma pessoa estava embriagada e com uma arma ao seu lado nos quiosques da margem do Rio Poti. As amigas teriam pego a arma e começaram a brincar. Uma apontando para a outra, quando essa jovem de 17 anos pegou a arma, a outra segurou na mão dela e fez a arma disparar atingindo a Pâmela”, afirmou o delegado.