Travesti é brutalmente agredida no interior do Piauí; Polícia investiga

27/09/2018 08h08


Fonte CidadeVerde.com

A cabeleireira Netinha Matias, 40 anos, foi espancada a socos e pontapés no rosto e pernas por dois rapazes no município de Sigefredo Pacheco ( a 160 km de Teresina). O crime causou revolta na cidade e circulou como se fosse provocado por questões política. A vítima aparece em um vídeo - que circula na internet - com o rosto desfigurado e cita o nome do candidato Jair Bolsonaro (PSL). Em depoimento a Polícia, a travesti nega que tenha motivação política.

De acordo com o delegado Andrei Alvarenga, dois suspeitos foram conduzidos a Delegacia Regional de Campo Maior para prestar depoimento. Os três estão sendo ouvidos na tarde desta quarta-feira (26).

No vídeo gravado logo após as agressões, Netinha cita os nomes dos agressores e o motivo pelo qual a agressão ocorreu.

Em seu perfil, Netinha participa da campanha #EleNão, promovida por mulheres contra o nome de Jair Bolsonaro à Presidência da República.

"O flagrante está sendo finalizado. Até o momento, o que indica é que ela foi agredida por uma questão de mal entendimento. Todos já se conheciam. Houve uma discussão e as agressões começaram. Está se espalhando que a agressão tem cunho político, mas as pessoas estão politizando demais", citou o delegado, alegando que as oitivas esclarecerá o que motivou às agressões.

"A questão é que uma pessoa foi gravemente ferida ao ponto de fingir um desmaio, que estava morta, para que as agressões acabassem. Bateram muito nela", acrescentou o delegado.

O Cidadeverde.com teve acesso ao depoimento da vítima que afirmou que estava sendo extorquida por dois rapazes de nome "Pedro e Wesley". Segundo Netinha, os agressores tentaram lhe enforcar e que eles estavam "parecendo dois animais violentos".

Sobre a questão política, Netinha nega, mas crê que eles agrediram também por ela ser travesti. Veja na íntegra parte do depoimento.

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Tópicos: netinha, depoimento, nome