Três policiais civis são absolvidos de homicÃdio ocorrido em 1997 em Timon
31/08/2018 07h30Fonte CidadeVerde.com
Imagem: Divulgação
Um caso de assassinato ocorrido em novembro de 1997 finalmente teve desfecho na justiça. Três policiais civis, do então Grupo Corisco, foram acusados de matar uma pessoa durante uma perseguição policial em Timon, no Maranhão, e nesta quinta-feira (30) foram absolvidos. Frederico Lopes Maia, Calson Maia e Joaquim de Lima Neto foram levados a julgamento em júri popular que terminou no início da madrugada de hoje.
Somente em 2011, o Ministério Público, através do promotor Eliardo Cabral, ofereceu denúncia contra os três policiais. Eles eram acusados de homicídio qualificado, sem chance de defesa. A denúncia alegou que os policiais haviam assassinado Renato Pereira, conhecido por Magaiver. A época, Renato era investigado por roubo e latrocínio, dentre outros crimes.
No dia do crime, em 97, houve uma perseguição ao Renato Pereira e seus comparsas, que estavam em um carro pelos três policiais. Quando o bando de Renato e os comparsas perceberam a ação da polícia, teriam disparado primeiro, os policiais revidaram e nessa troca de tiros, o Renato terminou falecendo e um comparsa foi levado ao hospital e sobreviveu.
A defesa dos policiais foi feita pelo defensor público, Jeffersson Calume, que alegou perante o conselho de sentença, o júri popular, que agiram em legítima defesa. O defensor falou em entrevista ao Jornal do Piauí de hoje.
“A defensoria utilizou a tese da legítima defesa que seria a tese principal, tendo como subsidiária a questão do estreito cumprimento do dever legal. Se bem que essa tese se representa a um excludente de licitude, ou seja, não há crime quando o fato é legitimado, numa situação que coloca em risco a pessoa e ele vai se defender. Foi o caso dos policiais, sendo que durante o confronto, só dois se encontravam e o outro estava dando suporte logo em seguida. Foi uma situação que demorou muito tempo, um constrangimento, obviamente que policial no banco do réu não é fácil, mas conseguimos lograr êxito”, ersclareceu o defensor.
Por parte do MP, a acusação foi feita pelo promotor João Malato, que disse que vai recorrer da absolvição.