Treze mulheres foram mortas no Piauà de janeiro a fevereiro, diz Sinpolpi
08/03/2015 20h31Fonte G1 PI
Imagem: Patrícia Andrade/G1Cresce o número de femicídios no Piauí.
Um total de 13 mulheres foram assassinadas no Piauí nos dois primeiros meses de 2015. Estes são os números divulgados pela pesquisa mensal feita pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi). Seis dos crimes ocorreram em janeiro e mais sete feminicídios em fevereiro, dentre eles uma criança recém-nascida morta pela mãe ao nascer.
Segundo o boletim, cinco das vítimas do mês passado eram donas de casa, uma era a primeira dama da cidade de Lagoa do Sítio, assassinada a tiros e cuja autoria é atribuída ao marido. Dentre os crimes de janeiro está da operadora de telemarking morta quando se encontrava numa parada de ônibus no bairro Porto Alegre, na Zona Sul de Teresina.
Outros dados
Segundo o presidente do Sinpolpi, Constatino Júnior, a pesquisa visa medir o grau de violência no estado e com base nos dados de fevereiro a criminalidade no Piauí está estável. "Foram registrados 49 assassinatos mês passado, o mesmo número de janeiro", revelou.
Do total de homicídios, 20 ocorreram em municípios do interior e litoral e 29 na capital. Com relação aos instrumentos usados para cometer os delitos, a arma de fogo mais uma vez foi a principal, contabilizando 33 crimes, seguido pelas armas brancas com 13 mortes e três casos foram praticados com outros instrumentos.
Um dado inédito foi notado na pesquisa. A Zona Sul de Teresina, sempre considerada a mais violenta, em fevereiro registrou três assassinatos e ficou na última colocação em relação as quatro regiões da cidade. A Zona Leste foi a que registrou o maior número de assassinatos com um total de 12 e as zonas Norte e Sudeste ficaram empatadas com sete crimes cada uma.
Outro dado que nunca havia sido registrado em outra pesquisa foi o grande número de duplos homicídios, com um total de quatro crimes que redundou na morte de oito pessoas. Dois destes duplos homicídios aconteceram em Teresina, um no município Barras e o outro no Morro do Chapéu, na região de Esperantina. Apenas neste último caso as vítimas não tinham nenhum grau de parentesco entre si.