Venda de certificados falsos em meios digitais ganha força em Teresina
06/06/2017 10h05Fonte G1 Piaui
As tentativas de vendas envolvendo certificados escolares falsificados no Piauí tem um aumento na ousadia dos falsificadores e vendedores. Os anúncios ultimamente estão em espaços públicos, nas redes sociais e em aplicativos de mensagens.A produção do Piauí TV 2ª Edição simulou duas negociações. Na primeira, o vendedor não quis tratar por telefone e sugeriu que a conversa fosse realizada por um aplicativo de mensagens. Por mensagens de áudio, o negociante até explicou que pode vender certificados para dois objetivos diferentes.
"Porque assim, se for para concurso ou para faculdade, tem que ser o certificado é o histórico que está custando R$400,00. Agora se for apenas para trabalho, só certificado resolve, que aí está custando R$300,00", falou.
Na segunda simulação, sem qualquer preocupação, o vendedor explica por meio de ligação telefônica que os documentos são seguros e emitidos por escolas conhecidas de Teresina. "Ele é todo legalzinho, todo bacaninha. Tanto você pode fazer concurso público, pode fazer tudo com ele. É daqui mesmo, de colégio conhecidos. Eu pego a metade do dinheiro e junto com seu RG, com um ou dois dias depois quando ele entregar o certificado você me dar o restante”, contou.
O gerente de policiamento metropolitano de Teresina, que investiga os casos de falsificação, delegado Lucy Keiko alerta que os criminosos não são apenas os falsificadores e os vendedores dos documentos. Quem compra também está sujeito a prisão, segundo o delegado.
“O individuo que fabrica o atestado, que falsifica um certificado dessa natureza está cometendo um crime previsto no Código Penal com pena que varia de dois a seis anos de reclusão. Da mesma forma quem adquire e passa a usar esse certificado para obter um emprego ou ingressar na faculdade, qualquer que utilidade que venha a tentar fazer, ele está cometendo o crime de uso de documentos falsos, cujo a pena é a mesma”, falou.
Segundo a superintendência de ensino da Secretaria de Educação do Piauí (Seduc/PI), os golpistas utilizam nome de escolas já fechadas, mas que ainda não deram baixa na documentação de encerramento das atividades. Alerta ainda para que as pessoas não comprem certificados ilegais porque eles podem ser facilmente identificados.
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