Vistoria em Cânion do Rio Poti identifica áreas de perigo e alerta para visitação em perÃodos chuvos
15/04/2022 12h33Fonte G1 PI
Imagem: ReproduçãoVistoria em Cânion do Rio Poti identifica áreas de perigo e alerta para visitação em períodos chuvoso
O Serviço Geológico do Brasil informou que o Cânion do Rio Poti, localizado em Buriti dos Montes, a 230 km de Teresina, não oferece riscos iminentes de desabamento. O resultado da vistoria, realizada entre 14 e 25 de fevereiro deste ano, foi divulgado nesta quinta-feira (14).
As atividades ecoturísticas no Cânion do Rio Poti seguem suspensas desde o dia 11 de janeiro, quando foi solicitada a avaliação de riscos e segurança pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar).
A medida protetiva foi tomada após o desabamento de uma rocha no Lago de Furnas, em Minas Gerais, que deixou dez pessoas mortas. Ao todo, foram analisados 15 trechos do cânion piauiense.
A vistoria, que também reuniu representantes do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, identificou e sinalizou áreas de maior perigo.
Os trechos do Cânion do Rio Poti utilizados para banho e prática de rapel têm maior necessidade de monitoramento constante e não são recomendados em períodos chuvosos, conforme o Serviço Geológico do Brasil (confira os trechos ao fim da reportagem).
“Fica evidente a necessidade de atenção constante por toda a extensão da área utilizada para atividades turísticas. Em maior ou menor proporção, as encostas são íngremes e com blocos de baixa a média instabilidade e suscetibilidade a risco, dependendo da conjunção de outros fatores climáticos”, diz trecho do relatório da avaliação.
O estudo não constatou sinais de movimentação de massa ou “fatores potencializadores de desastres”, que podem provocar deslizamentos, rolamentos e tombamentos de blocos, ou erosão pluvial e fluvial. No entanto, geólogos ressaltam que o baixo risco não significa a impossibilidade de acidentes.
“É importante ressaltar que nunca haverá risco zero nas atividades turísticas a serem realizadas em áreas de cânions, mesmo após a implantação das contenções e do plano de monitoramento com instrumentações, já que o ambiente geológico natural tem processos de movimentos gravitacionais de massa complexos, intensos, dinâmicos e com evolução quase que diária”.
“As pessoas devem compreender, conhecer e estarem conscientes dos riscos associados não somente nos cânions, mas em qualquer atividade que seja desenvolvida em ambiente natural”, informou o Serviço Geológico do Brasil.