Vistoria nas maternidades: CRM constata falta de médicos e até de bisturi

26/07/2024 11h29

Fonte ClubeNews

Durante fiscalizações nas maternidades municipais de Teresina (PI), o Conselho Regional de Medicina (CRM-PI) constatou a falta de médicos, de medicamentos e até de bisturis para a realização de cirurgias. O vice-presidente do CRM-PI, Raimundo Sá, pontuou algumas dos problemas verificados:

– Maternidade do Dirceu: “irregularidades nas escalas médicas, falta de alguns plantonistas, sobretudo pediatras; deficit de máquinas que injetam produtos, como soro e antibióticos nas crianças”.

– Maternidade do Satélite: “falta (do serviço) de internet, que atrapalha o sistema de prontuários; gera dificuldade na regulação dos processos. Não existe ultrassom na maternidade, fazendo os pacientes procurarem outros estabelecimentos para fazer alguns diagnósticos”.

– Maternidade do Promorar: “superlotação de pacientes, sem climatização e com condições ruins de limpeza. “Alguns medicamentos estavam em falta. A equipe também constatou que existe a falta de bisturi elétrico para cirurgias, atrasando os procedimentos cirúrgicos”.

– Maternidade do Buenos Aires: “a que melhor apresentou condições adequadas de atendimento, quando comparada às demais unidades fiscalizadas”. Alguns ares-condicionados nas enfermarias apresentavam problemas, não existe, segundo o CRM, por parte da Prefeitura de Teresina, uma vistoria permanente para verificar essas falhas nas maternidades municipais.

MAIS FALHAS

– Maternidade do Promorar: presença de muitos pombos, que podem transmitir doenças; inclusive com aves mortas presas nas telas de proteção; ares-condicionados sem funcionar e banheiros sem manutenção com problemas hidráulicos; poltronas e macas e mau estado de conservação.

– Maternidade do Dirceu: a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal estava com déficit de bomba de infusão contínua; esse aparelho é responsável pela administração de fluidos e medicações aos recém-nascidos. O CRM apontou o déficit de perfusores para administração de remédios nos pacientes das UTIs.

O CRM relatou que os relatórios técnicos serão enviados à Fundação Municipal de Saúde (FMS) e aos diretores de todas as maternidades “para que as irregularidades sejam sanadas em um prazo de até 30 dias”.

Ao Portal ClubeNews, a FMS informou que “ainda não foi notificada oficialmente pelo CRM, mas se coloca à disposição para analisar todos os pontos apontados para que sejam melhorados”.

“A FMS está trabalhando constantemente para melhorias em todas as unidades de saúde”, acrescentou a FMS.

Veja mais notícias sobre Piauí, clique em florianonews.com/piaui