Ex-PM é condenado a 25 anos de prisão por matar estudante em briga por entrada de R$ 5 em festa no P

24/07/2021 07h03


Fonte G1

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliar

O ex-policial militar do Ceará Rafael do Nascimento Oliveira Rosa foi condenado a 25 anos de reclusão, nesta sexta-feira (23), pelo homicídio da estudante Suellen Marinheiro Lula, de 20 anos. O crime aconteceu na madrugada do dia 15 de outubro de 2016, na cidade de Valença do Piauí, distante 220Km de Teresina. O réu foi julgado em audiência do Tribunal do Júri. A sentença foi dada pelo juiz Franco Morette Felício de Azevedo, da Vara Criminal da Comarca de Valença.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o ex-PM de 36 anos tentou entrar sem pagar a entrada de R$ 5,00 em uma festa organizada pela família da vítima, em uma churrascaria na cidade. Suellen cursava Direito e a festa tinha por objetivo ajudar a custear o curso.

Durante a audiência foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação. O primeiro a testemunhar foi um conhecido do réu, que o acompanhava no dia do crime. Ele confirmou que ex-policial havia discutido com a pessoa que estava na portaria porque queria entrar sem pagar.

Ainda durante o depoimento, a testemunha disse que em determinado momento houve um disparo e que viu o ex-policial com uma arma na mão.

A segunda testemunha a depor foi o irmão do namorado da vítima na época. Ele contou que estava sentado próximo à vítima quando o acusado se aproximou e perguntou o valor da entrada.

"Ela disse que era R$ 5,00 e ele se identificou como policial. Ela retornou dizendo que a entrada era R$ 5,00. Ele foi até os amigos, voltou, mostrou a carteira funcional e ela repetiu o valor da entrada. Ele foi novamente até os amigos, voltou para falar com ela e questionou dizendo que era policial", relatou.

A testemunha disse também que a vítima afirmou que se o acusado estivesse fardado, ela poderia liberar a entrada, mas ele ainda continuou questionando, querendo entrar.

"Eu ouvi um momento em que ele ficou dizendo que era policial e que mandava ali. O irmão dela ouviu e disse que ele poderia ser policial, mas que ele mandava ali fora, que do portão para dentro quem mandava era ele", disse a testemunha.

"Nesse momento eu ouvi ele [o acusado] dizendo que era policial e que poderia dar até um tiro ali. Ele puxou a arma, eu e Suellen [a vítima] nos levantamos. Eu estava com meu filho no colo, agarrei ele e sai. Ouvi o disparo e quando vi ela estava no chão", contou.


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Tópicos: policial, acusado, entrada