Irmãs presas com cocaÃna no estômago no Aeroporto de Guarulhos (SP) pagam fiança e são soltas
04/06/2023 15h20Fonte G1 PI
O juiz federal substituto Alexey Süüsmann Pere, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, concedeu liberdade provisórias as irmãs Ingrid da Silva Castro, 23 anos, e Agatha da Silva Castro, 24 anos, presas no Aeroporto de Guarulhos (SP) ao tentarem embarcar para Paris com cocaína no estômago. Elas foram soltas nessa sexta-feira (2) após audiência de custódia e pagamento de fiança de um salário mínimo cada.
Ao g1 a defesa das jovens não quis comentar sobre o processo. Desde a prisão, as irmãs piauienses estavam internadas no Hospital Geral de Guarulhos.
Na decisão, o magistrado considerou que Agatha tem duas filhas menores de 12 anos, a inexistência de comprovação de maus antecedentes criminais, a comprovação de residência fixa e a quantidade de droga encontrada com as jovens é inferior à média de apreensões realizadas comumente no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Além do pagamento de fiança, o juiz determinou a aplicação de medidas cautelares, como: proibição de deixar o país enquanto durar o processo, com retenção de seus passaportes; proibição de se ausentarem de suas residências por mais de 8 dias sem autorização; comparecimento mensal ao Juízo de seu domicílio para justificar suas atividades, e a todos os atos da instrução sempre que convocadas; compromisso de manter atualizados seus endereços.
"Ficam as investigadas advertidas que o descumprimento de qualquer das condições impostas importará em quebra de fiança, com perda da metade de seu valor, e em novo decreto de prisão preventiva", acrescentou.
Juiz diz que as jovens eram "mulas profissionais"
Em decisão anterior sobre a conversão da prisão em flagrante para preventiva, o juiz federal substituto Alexey Süüsmann Pere confirmou que as jovens eram "mulas profissionais".
"A prisão preventiva visa a garantia da ordem pública, em razão dos indícios de envolvimento das indiciadas em organização criminosa, entre eles as certidões de movimentos migratórios que apontam outras viagens ao exterior, de curta duração, incompatíveis com a situação econômica declarada por elas, a indicar sua dedicação ao crime como mulas profissionais, sendo concreto o risco de que tornem a delinquir", disse.
O juiz chegou a requisitar, por meio eletrônico, às Justiças Federal e Estadual de São Paulo e de Teresina, além da Interpol, as informações sobre eventuais registros criminais em nome das suspeitas.