Julgamento de acusados do assassinato do jornalista Donizete Adalto é adiado; crime já tem 23 anos
25/10/2021 14h38Fonte G1 PI
Imagem: ReproduçãoJornalista Donizetti Adalto foi morto em setembro de 1998
Foi adiado o julgamento que aconteceria nesta segunda-feira (25), em Teresina, dos acusados do homicídio do jornalista Donizete Adalto. Ele foi morto em 19 de setembro de 1998 em Teresina e o julgamento aconteceria no Tribunal Popular do Júri.
Em nota, o Tribunal de Justiça informou que o réu Djalma Filho, ex-vereador e acusado de ser o mandante do crime, informou que estava sem advogado. Veja nota abaixo:
Julgamento adiado para sexta-feira (29/10). O réu alegou que estava sem advogado para sua defesa. Ele tem até às 23h59 de hoje para indicar seu advogado.
São acusados do crime e irão a julgamento:
- o ex-vereador e professor universitário Djalma Filho;
- Fabrício de Jesus Costa Lima, motorista;
- João Evangelista de Meneses, conhecido como "Pezão", policial civil;
- Ricardo Luís Alvez de Sousa - policial civil;
- Sérgio Ricardo do Nascimento Silva, motorista.
De acordo com o laudo, dois projéteis encontrados no corpo de Donizete Adalto foram disparados por uma das armas analisadas, um revólver calibre 38 da marca Rossi.
A inclusão dos laudos periciais no processo foram pedidos da defesa do ex-vereador Djalma Filho. Os pedidos foram feitos em 2019 e foram parcialmente acolhidos pelo juiz. Outras solicitações semelhantes por perícias e laudos técnicos foram feitos antes pela defesa.
Os laudos periciais teriam sido encontrados apenas em 2021. Com a inclusão no processo, o julgamento estaria pronto para ser iniciado, 23 anos após o crime.
O crime
O jornalista paraense Donizete Adalto foi espancado e assassinado a tiros na madrugada do dia 19 de setembro de 1998, na Avenida Marechal Castelo Branco, no bairro Primavera, em Teresina.
Na época ele era candidato a deputado federal pelo PPS. O ex-vereador Djalma Filho estava no carro com a vítima e, conforme denúncia do Ministério Público, teria sido o mandante do crime.
Conforme relatos dos acusados e de outras testemunhas no processo, Djalma teria conduzido o veículo com Donizete no banco do passageiro, dando ordem para que Sérgio Ricardo do Nascimento Silva, em uma Kombi usada em campanha política, seguisse o carro. Assim também, outro carro deveria acompanhá-los para que Djalma pudesse fugir após o crime.
Em um determinado momento, conforme o processo, a Kombi interceptou o veículo onde estava Donizete e dois homens desceram do veículo, que seriam Sérgio Ricardo do Nascimento e João Evangelista de Meneses, o Pezão. Dois tiros foram disparados por eles e o jornalista morreu no local. Um deles teria dado ainda coronhadas em Donizete, para confirmar se estava morto.
Djalma foi visto correndo em direção ao outro veículo, assim como o autor dos disparos retornou à Kombi. Em depoimento, o ex-vereador Djalma filho afirmou que os dois foram abordados por homens em motocicletas, o que foi negado pelas testemunhas e pelos outros envolvidos no caso, alguns dos quais confessaram participação.
Valores entre R$ 1 mil e R$ 6 mil teriam sido pagos para os envolvidos no crime. Quebra de sigilo telefônico e bancário, conforme a denúncia, indicaram a relação entre os acusados.
Para ler mais notícias do FlorianoNews, clique em florianonews.com/noticias. Siga também o FlorianoNews no Twitter e no Facebook