Servidor público que retirava drogas de delegacia para repassar a traficante é condenado a 12 anos d
18/12/2022 15h48Fonte G1 PI
Imagem: DivulgaçãoServidor público que retirava drogas de delegacia para repassar a traficante é condenado a 12 anos
O ex-servidor da Prefeitura de Barras Francisco Medeiros de Oliveira Junior, preso por tráfico de drogas e associação a tráfico em 2017, foi condenado a 12 anos e três meses de prisão. Além dele, três comparsas tiveram penas aplicadas pela Justiça. As sentenças foram proferidas no dia 29 de novembro, mas divulgadas apenas nessa sexta-feira (16).
O juiz Jorge Cley Martins Vieira, da 1ª Vara da Comarca de Barras, condenou Joscivania de Meneses Silva a 28 anos, nove meses e 25 dias de prisão por venda e distribuição de drogas, porte de arma, roubos e execuções. O irmão dela, Joscielton Meneses, e Maysa de Paula devem cumprir 12 anos e três meses de prisão.
Conforme denúncia do Ministério Público do Piauí (MPPI), os quatro criminosos estavam relacionados.
“A ré Joscivânia figura como fornecedora de Maysa e discute a possibilidade de fornecimento de drogas dentro da unidade prisional na qual o ex-companheiro de Maysa estava internado. Do mesmo modo, Maysa estava associada com o Francisco Júnior num esquema no qual este retirava drogas de dentro da Delegacia de Barras e ela fazia a comercialização”, explica documento.
Francisco Júnior, conhecido como Júnior do B.O., atuava na Delegacia de Polícia de Barras, cedido pela Prefeitura do município.
“Um dos réus ocupava cargo público, tendo sido tal característica considerada na aplicação de causa de aumento de pena. Aplica-se ao réu o disposto no art. 92 do Código Penal, e consequente perda do cargo público desempenhado”, destaca sentença.
O documento informa ainda que os criminosos tentaram burlar as investigações usando codinomes para se referirem às drogas.
Operação Malum
A operação denominada Malum, em latim significa maça podre, decorreu de investigação feita pela Promotoria de Justiça de Barras, que comprovou a participação de agentes públicos em crimes.
"O nome da operação é justamente porque tínhamos dentro da delegacia maças podres [pessoas], que poderiam contaminar os outros servidores que lá trabalhavam", revelou o delegado geral Riedel Batista na ocasião.