Aprovado marco regulatório das Comunidades Terapêuticas
08/05/2015 13h21Fonte Governo do PiauÃ
O coordenador de Enfrentamento às Drogas do Estado do Piauí (CEDrogas), Sâmio Falcão, acompanhou, na quinta-feira (7), a aprovação do marco regulatório das Comunidades Terapêuticas, conforme aprovado em reunião do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, em Brasília. A aprovação é considerada um fato histórico que marca mais de 40 anos de luta.O brasil tem atualmente 1822 comunidades terapêuticas, destas, 16 estão no Piauí. Cerca de 500 outras instituições terão que se adequar, num prazo de um ano, à nova resolução.
O documento é claro: “as unidades terapêuticas não são estabelecimentos de saúde, mas de interesse e apoio das políticas públicas de cuidado, atenção, tratamento, proteção, promoção e reinserção social”. São entidades sem fins lucrativos, com prazo máximo de internação de 12 meses, caráter residencial, adesão e permanência voluntárias, avaliadas pela rede de saúde, com incentivo ao vínculo familiar e social, permitindo visitas e sendo proibidos a prática de castigos ou trabalhos forçados.
Imagem: Marcelo Cardoso
O coordenador da CEDrogas, Sâmio Falcão, afirma que o marco regulatório vai contribuir para a fiscalização do tratamento dos acolhidos. “A discussão para a regulamentação das comunidades terapêuticas durou 1 ano e 4 meses com os conselhos federais envolvidos. A aprovação é fundamental para que possamos fiscalizar e garantir o melhor atendimento não só aos acolhidos, mas prestar serviço à sociedade. Temos agora um suporte legal que regulamenta todo o trabalho, desde o acolhimento, até a reinserção social, e assim, mostrar que o objetivo principal está sendo efetivo.”, observou.
As entidades agora aguardam a aprovação do PLC 037/2013, que promove ampla reformulação no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad). O projeto está no Senado e ainda vai ser apreciado na Comissão de Educação.
O documento regulamenta, assim, as comunidades terapêuticas, definindo, inclusive, os direitos dos acolhidos, dentre eles o de interromper o tratamento a qualquer momento, privacidade e sigilo. “É um marco histórico. Foram anos de luta pelo reconhecimento de um trabalho sério, que salva vidas. Nossas instituições agora estão empoderadas para a busca de recursos junto aos governos”, declarou o presidente da Confederação Nacional de Comunidades Terapêuticas (Confenact), Célio Luís Barbosa.
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