Atraso no repasse das parcelas do cofinanciamento repercute na Alepi
22/08/2019 10h31Fonte Alepi
A deputada estadual e presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Assembleia Legislativa do Piauí, Teresa Britto (PV), ocupou a tribuna na terça-feira (20) para cobrar do Governo do Estado o repasse do cofinanciamento da Atenção Primária e dos Hospitais de Pequeno Porte (HPP) geridos pelos municípios.
A deputada participou de evento, que reuniu mais de 70 prefeitos, na Associação Piauiense de Municípios (APPM), onde ouviu os relatos dos gestores municipais sobre as dificuldades causadas pelo atraso dos pagamentos.
“Um grande absurdo. Temos, como exemplo, o município de Santo Inácio, onde o repasse de R$ 8 mil mensais, que deve ser feito pelo Governo do Estado, está atrasado. Um dinheiro que ajuda no custeio de atenção básica, como a compra de medicamentos. A queixa pela situação precária e atrasos foi geral, inclusive do próprio partido do governador do Piauí”, afirma Teresa.
De acordo com a deputada, seis Prefeituras do Piauí entraram na justiça para receber os recursos atrasados do cofinanciamento. “Em Batalha e Palmeirais, já são R$ 2 milhões que o Estado deve aos municípios. Não dá mais para deixar pessoas doentes morrerem por falta de medicamento e atendimento médico. É o cúmulo do absurdo. Vamos continuar com as nossas vistorias e já temos uma agenda preparada para este próximo final de semana, em municípios que recebemos denúncias da população pela situação triste dos hospitais”, diz a deputada Teresa Britto.
No discurso, a deputada mencionou que os atrasos chegam a 31 meses, com os pequenos hospitais funcionando de forma precária e acumulando dívidas com fornecedores, prestadores de serviço e na aquisição de medicamentos. “Propomos que não se deve reduzir nenhum centavo de repasse para os municípios, até porque o recurso do cofinanciamento já é mínimo”, comenta.
A deputada Teresa Britto finalizou seu pronunciamento relatando sua indignação com a saúde do Piauí e pela morte de uma jovem, de 14 anos de idade, que deu entrada no Hospital do Satélite e foi transferida para a maternidade Dona Evangelina Rosa, já diagnosticada com princípio de eclâmpsia, que é a ocorrência de convulsões na gestante. “Deixaram a paciente entregue aos residentes e depois de quatro dias tiraram o bebê dessa paciente, que veio a óbito junto com a criança, no local. O caso da maternidade está muito grave. É caso de polícia”, defende Teresa Britto.
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