Avanço da microcefalia no Nordeste preocupa deputados
19/11/2015 09h52Fonte Alepi
O aumento dos casos de microcefalia no Piauí e no Nordeste, que é pauta de discussão no Ministério e Saúde e nas Secretarias Estaduais de Saúde, também preocupa os deputados estaduais na Assembleia Legislativa. O Piauí seria o quinto estado em microcefalia, com dez casos, como aponta o Ministério, mas pelos números de Secretaria de Estado da Saúde, seríamos o 4º com 27 casos registrados.Durante a sessão de quarta-feira (18), o deputado Luciano Nunes (PSDB) leu trecho do boletim do Ministério da Saúde, divulgado ontem, com os números dos casos já identificados de microcefalia na região Nordeste, onde foram notificados 399 recém-nascidos com microcefalia nos sete estados. O deputado Dr. Pessoa (PSD) também alertou para o aumento dos casos de microcefalia no país.
Entre as possíveis causas da doença estão o vírus da dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, que, em tese, poderia ser o vetor das doenças que causam a anomalia nos fetos das gestantes infectadas.
“O mosquito não respeita quintal, nem classe social. Portanto, todos temos que continuar atentos para evitar a proliferação do aedes aegypti, que pode ser o vetor do vírus que causa a microcefalia, que também é o vetor da dengue. Não adianta a prefeitura o Estado, fazerem campanhas de divulgação, prevenção, combate ao mosquito, se nós não ajudarmos na guerra contra o aedes aegypti. Todos temos que fazer a nossa parte”, defendeu Luciano Nunes.
Pernambuco, com 268 casos, é o que mais preocupa as autoridades de saúde, embora haja registros de microcefalia em outros seis estados. O Piauí, segundo o Ministério, teria registrado dez casos da anomalia, números bem abaixo do que apurou a Secretaria de Saúde do Estado, que contabilizou preocupantes 27 casos em 2016. Os números de casos por estado: Pernambuco – 268; Sergipe – 44; Rio Grande do Norte – 39; Paraíba – 21; Piauí – 10; Ceará – 9; e Bahia – 8.
O surto da doença, portanto, pode ser bem pior do que apontaram os números do boletim Ministério da Saúde. "Ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia, que tem sido registrado nos sete estados. Todas as hipóteses estão sendo minuciosamente analisadas pelo Ministério da Saúde e qualquer conclusão neste momento é precipitada. As análises não foram finalizadas e, portanto, continuam em andamento", diz a nota do Ministério.
O que é
A microcefalia é uma anomalia no desenvolvimento do cérebro dos recém nascidos. Eles nascem com crânio medindo 33 centímetros ou menos - o normal é que uma criança nascida após nove meses de gestação tenha mais de 33 até 37 centímetros de circunferência craniana. O impacto da microcefalia é muito forte. As crianças podem, em tese, ter uma vida normal, mas precisarão ser acompanhadas regularmente. Elas terão que fazer fisioterapia e podem desenvolver problemas cognitivos e até epilepsia. Todos os casos suspeitos ou confirmados devem ser informados tanto à Secretaria de Saúde do Estado quantoi ao Ministério da Saúde, em Brasília.
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